Os preços do petróleo atingiram nesta terça-feira (2) o seu nível mais alto em cinco meses, impulsionados pela escalada das tensões no Oriente Médio e pela crescente preocupação com novas ameaças à oferta.
Investidores estão monitorando de perto os desdobramentos em meio ao aumento do conflito na região e a um ataque de drones ucranianos a uma refinaria de petróleo russa.
Os futuros do petróleo Brent, que é referência internacional, chegaram a ser negociados a US$ 88,58 por barril. Às 11h43, são negociados a US$ 88,10, com alta de 0,78%. Os futuros do U.S. West Texas Intermediate (WTI) foram cotados a US$ 84,97 por barril. Às 11h43, chegam a US$ 84,39, alta de 0,81%.
Os preços do Brent não ultrapassam a marca de US$ 90 por barril desde 27 de outubro do ano passado.

Embora os futuros do Brent tenham permanecido em uma faixa estreita entre US$ 75 e US$ 85 por barril desde o início do ano, o aumento do risco geopolítico e dados econômicos sólidos parecem estar impulsionando a atual alta.
“A nova semana, o novo mês e o novo trimestre foram marcados por uma escalada das tensões no Oriente Médio, com o envolvimento indireto do Irã”, destacou Tamas Varga, analista da corretora de petróleo PVM, em nota à rede americana CNBC.
O Irã, que é membro da Opep, atribuiu a Israel um ataque aéreo fatal contra seu consulado na capital síria, Damasco, na segunda-feira (1), que supostamente resultou na morte de sete de seus oficiais.
Teerã prometeu retaliar o ataque, visto como uma escalada significativa no conflito entre Israel e o Hamas. Israel não reivindicou a responsabilidade pelo ataque e um porta-voz do governo se recusou a comentar os relatos da mídia estrangeira.
Para Varga, o potencial envolvimento direto do Irã no conflito entre Israel e o Hamas poderia desencadear um “conflito em toda a região, com um impacto plausível no fornecimento de petróleo”.
Preços do petróleo: ataque de drones ucranianos
Nesta terça-feira (2), a Ucrânia atingiu uma das maiores refinarias de petróleo da Rússia com um ataque de drones na região altamente industrializada do Tartaristão, sudeste de Moscou, a aproximadamente 1.300 quilômetros das linhas de frente do conflito.
Rustam Minnikhanov, chefe do Tartaristão, informou que locais industriais em Nizhnekamsk e Yelabuga foram alvos de drones, mas ressaltou que não houve danos graves e que o processo tecnológico das empresas não foi interrompido.
A Rússia, um membro influente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecida como OPEP+, tem sido alvo de uma série de ataques de drones ucranianos nos últimos meses à infraestrutura energética da Ucrânia.
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