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Preço do petróleo despenca 7% após ataque iraniano a base dos EUA

Preço do petróleo despenca 7% após ataque iraniano a base dos EUA

O preço do petróleo sofreu uma queda acentuada nesta segunda-feira (23), em meio a um novo episódio de tensão entre Estados Unidos e Irã. Apesar do ataque com mísseis lançado por Teerã contra a Base Aérea de Al-Udeid, no Catar — que abriga tropas norte-americanas — o fato de não haver vítimas reacendeu a esperança dos investidores de que o conflito pode não escalar para níveis mais graves.

O barril do petróleo bruto dos EUA (WTI) recuou US$ 5,33, ou 7,22%, encerrando o dia cotado a US$ 68,51. Já o Brent, referência global da commodity, caiu US$ 5,53, ou 7,18%, fechando a US$ 71,48.

Segundo o governo do Catar, os mísseis iranianos foram interceptados pelas defesas aéreas do país e não causaram danos nem feridos. A ofensiva teria sido uma retaliação direta aos bombardeios dos EUA contra instalações nucleares iranianas no fim de semana, conforme noticiado pela TV estatal iraniana e traduzido pela NBC News.

No domingo à noite, o temor de uma escalada militar provocou forte volatilidade no mercado: o Brent chegou a disparar mais de 5%, ultrapassando os US$ 81, enquanto o WTI alcançou os níveis mais altos desde janeiro. Porém, a confirmação da ausência de vítimas e a percepção de que a crise pode ser contida devolveram certo alívio aos mercados.

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Apesar da trégua momentânea nas tensões, o Estreito de Ormuz segue no centro das preocupações globais. Por ali passam cerca de 20% de todo o petróleo consumido no mundo — aproximadamente 20 milhões de barris por dia em 2024, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA).

No domingo, a mídia estatal iraniana revelou que o parlamento apoiou o fechamento do estreito, medida que representaria um colapso logístico no comércio de energia. No entanto, a decisão final caberia ao Conselho de Segurança Nacional do Irã.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reagiu com firmeza. “Fechar o Estreito de Ormuz seria um suicídio econômico para o Irã, já que suas próprias exportações dependem dessa hidrovia”, disse ele à Fox News, alertando para consequências graves não apenas por parte dos EUA, mas também de outras nações.

Atualmente, o Irã exporta cerca de 1,84 milhão de barris por dia, a maioria com destino à China. Rubio, inclusive, instou o governo chinês a usar sua influência diplomática para conter os planos de Teerã. “Metade das importações marítimas de petróleo da China vem do Golfo. Pequim tem razões de sobra para impedir um fechamento do estreito”, declarou.