A pandemia pode alterar a dinâmica da inflação, disse Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, espécie de banco central dos EUA), em Sintra, Portugal.
Ele participa de Fórum do Banco Central Europeu e elencou, em sua participação, que a pandemia de Covid-19 interrompeu a economia de maneiras que podem alimentar mais inflação ou volatilidade nas pressões de preços que podem complicar a maneira como os bancos centrais gerenciam o crescimento econômico.
Também disse que a economia está sendo impulsionada por forças muito diferentes, e o que o Fed não sabe é se o país voltará aos níveis pré-pandêmicos.
Para ele, os bancos centrais de todo o mundo estão com pressa para aumentar as taxas de juros em meio às crescentes pressões sobre os preços.
Além disso, o aumento dos custos do combustível e as interrupções na cadeia de suprimentos provenientes da guerra da Rússia contra a Ucrânia elevaram os preços nos últimos meses.
Vale lembrar que a inflação nos EUA está em 8,6% ao ano, uma das mais altas já vista pelos cidadãos norte-americanos, que têm visto seu poder de compra minguar.
Para tentar conter a elevação dos preços, o Fed elevou sua taxa de juros de referência três vezes, de quase zero para um intervalo entre 1,5% e 1,75%, incluindo um aumento de 0,75 ponto percentual neste mês, o maior em 28 anos.
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Christine Lagarde
Ainda no Fórum do BCE, em Sintra, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que a era de inflação ultrabaixa dificilmente voltará.
Neste panorama, elencou, os bancos centrais precisam se ajustar às expectativas de alta dos preços significativamente mais elevadas.
Também disse que o crescimento dos preços, já acima de 8% em base anual nos 19 países da zona do euro, deve acelerar ainda mais até o início do outono no Hemisfério Norte.
Para conter essa elevação, o BCE prometeu um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em julho, seu primeiro ajuste para cima em mais de uma década, seguido por movimento potencialmente maior em setembro, à medida que a instituição combate a inflação dolorosamente alta.
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