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Economia forte pode exigir novo aumento dos juros, diz Powell

Economia forte pode exigir novo aumento dos juros, diz Powell

A economia dos Estados Unidos permanece forte, com um mercado de trabalho que esfria lentamente, e pode justificar um novo aumento nas taxas de juros. A fala é de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, Federal Reserve (Fed), nesta quinta-feira (19).

O comentário de Powell vem em um momento em que o rendimento dos Treasuries de longo prazo atingem níveis altos, proximos de 5%, e contrariam as expectativas para o fim do ciclo de aperto monetário na maior economia do mundo.

Estamos atentos aos dados recentes, que mostram a resiliência do crescimento econômico e da demanda por mão de obra. Evidências adicionais de crescimento persistentemente acima do normal, ou de que o aperto no mercado de trabalho não recua, podem colocar em risco o progresso da inflação e justificar um novo aperto da política monetária”, disse Powell, em comentários ao Clube Econômico de Nova York.

Para que a inflação retorne de forma duradoura à meta de 2%, conforme estipulado pelo Fed, “é provável que seja necessário um período de crescimento abaixo da tendência observada, além de abrandamento nas condições do mercado de trabalho”, disse Powell.

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Para o presidente do Federal Reserve, a inflação permanece alta, e “alguns meses de dados positivos são apenas o começo do necessário para construir a confiança de que os preços vão convergir de maneira sustentável para a meta”.

Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI) subiu 0,4%, pouco acima da projeção, que era de 0,3%. Há uma desaceleração em relação a agosto, que havia sido de 0,6%. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 3,7%, também pouco acima da projeção de 3,6%.

Livro Bege reforça fala de Powell

Em divulgação do Livro Bege pelo Fed, na quarta-feira (18), com as projeções para a economia dos EUA, a maioria dos distritos registrou pouca ou nenhuma mudança na atividade econômica, com algumas regiões mantendo a alta nos gastos dos consumidores, inclusive com varejo e venda de automóveis.

Os dirigentes reforçam que os preços continuaram a aumentar, mas em ritmo modesto. Os distritos observaram que os aumentos dos custos de produção se estabilizaram para os fabricantes, mas continuam a subir para empresas do setor dos serviços. Os aumentos nos custos de combustível, salários e seguros contribuíram para o crescimento dos preços nos distritos.