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PNAD: taxa de desocupação cai no segundo trimestre

PNAD: taxa de desocupação cai no segundo trimestre

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE. Esse é o menor índice da série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre anterior, houve redução em 18 das 27 unidades da federação, enquanto nas demais nove o índice permaneceu estável.

Entre os estados, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) registraram as maiores taxas de desocupação. Já as menores foram observadas em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). Os resultados já consideram a reponderação da série histórica feita em 2025, que ajustou os dados com base nas projeções populacionais atualizadas após o Censo Demográfico de 2022.

Redução generalizada entre os que procuram trabalho

O levantamento mostrou que todas as faixas de tempo de procura por emprego registraram queda no número de desocupados na comparação com o mesmo período de 2024. Duas dessas faixas atingiram o menor contingente já registrado para um segundo trimestre desde o início da série.

A faixa de procura por dois anos ou mais, por exemplo, contabilizou 1,3 milhão de pessoas — queda de 23,6% frente ao segundo trimestre de 2024. Para William Kratochwill, analista da pesquisa, o cenário indica “um mercado de trabalho ainda aquecido e resiliente, com redução da taxa de desocupação no país. O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação”.

Diferenças por gênero, escolaridade e raça

No mesmo período, a taxa de desocupação foi de 4,8% entre os homens e de 6,9% entre as mulheres. Quando analisado por cor ou raça, o índice ficou abaixo da média nacional para brancos (4,8%) e acima para pretos (7,0%) e pardos (6,4%).

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O nível de escolaridade também influenciou os resultados. Pessoas com ensino médio incompleto tiveram taxa de desocupação de 9,4%, enquanto entre aqueles com ensino superior completo o índice foi de apenas 3,2%. Quem possuía nível superior incompleto registrou taxa de 5,9%.

Informalidade ainda elevada, mas em queda

A taxa de informalidade no Brasil foi de 37,8% da população ocupada. O Maranhão liderou o ranking com 56,2%, seguido por Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Na outra ponta, Santa Catarina apresentou a menor taxa (24,7%).

Segundo o IBGE, a redução da informalidade acompanha o aquecimento do mercado de trabalho, com aumento no número de ocupados — 1,8 milhão a mais em relação ao trimestre anterior, dos quais 318 mil eram informais. A proporção de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 74,2%, com destaque positivo para Santa Catarina (87,4%) e negativo para o Maranhão (53,1%).

Rendimento e massa salarial crescem

O rendimento médio real de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477, representando alta em relação ao trimestre anterior (R$ 3.440) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.367). A região Sudeste registrou o maior crescimento trimestral, com alta de 1,8%, e alcançou média de R$ 3.914.

A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 351,2 bilhões, também com aumento nas comparações trimestral e anual. O Sudeste registrou o maior volume desde o início da série histórica, com R$ 177,8 bilhões.