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PMI de serviços do Brasil avança para patamar mais alto em 20 meses

PMI de serviços do Brasil avança para patamar mais alto em 20 meses

O Índice de Atividade de Negócios (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil subiu de 54,6 em fevereiro para 54,8 pontos em março, atingindo o nível mais alto em 20 meses. O movimento do PMI de serviços do Brasil evidenciou uma recuperação acentuada e mais acelerada, que ultrapassou a média de longo prazo da série. Os dados são da S&P Global, divulgados nesta quarta-feira (3).

O resultado mais recente do PMI ajudou a registrar o melhor desempenho trimestral do setor desde os três meses até junho de 2022, segundo a S&P.

O crescimento da atividade de negócios em toda a economia de serviços do Brasil ganhou força no final do primeiro trimestre, impulsionado pela segunda recuperação mais acelerada nas vendas em pouco menos de um ano e meio.

Tendências positivas de demanda e expectativas otimistas com as projeções também encorajaram a expansão mais acelerada do emprego desde outubro de 2022.

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Por outro lado, pressões salariais e o encarecimento dos custos de materiais aumentaram as despesas de negócios, que tiveram a maior alta em cinco meses. A inflação dos preços, embora tenha permanecido historicamente elevada, caiu para o nível mais fraco desde outubro de 2023.

PMI de serviços do Brasil: crescimento do Índice

PMI de serviços do Brasil: recuperação na demanda e inflação mais alta

O crescimento mais sólido da atividade de serviços, para Pollyanna De Lima, Diretora Associada Econômica da S&P Global, significou que a economia do Brasil encerrou o primeiro trimestre de forma positiva.

A atividade econômica agregada do setor privado aumentou à taxa mais acelerada em 20 meses, igual àquela registrada em fevereiro. Isso resultou no melhor desempenho trimestral já registrado desde os três meses até junho de 2022.

Os provedores de serviços relataram com frequência uma melhoria na disposição dos clientes para gastar em relação aos últimos meses, que não só ajudou as vendas atuais, como também estimulou a criação de empregos e aumentou a confiança nas perspectivas econômicas, disse.

Ainda assim, a diretora observa que a recuperação recente da demanda se deu às custas de pressões inflacionárias mais altas no setor, e é provável que os consumidores notem aumentos mais pronunciados nos preços cobrados pela prestação de serviços nos próximos meses.

“As pressões sobre os custos permaneceram consideravelmente mais altas na economia de serviços do que aquelas observadas no setor industrial, mas os esforços para reter clientes contiveram um pouco os aumentos nos preços por enquanto.

Os custos mais elevados de mão de obra e materiais alavancaram a inflação dos preços de insumos durante o mês de março, mostrou a pesquisa.

As empresas relataram ter pago mais pelas contas de eletricidade e água, sendo que mais de 23% dos participantes citaram um aumento nas despesas gerais, com menos de 1% indicando uma queda. A taxa de inflação foi acentuada, a mais acelerada em cinco meses e ficou acima da sua média de longo prazo.