O Pix e o Real Digital colocaram o Brasil na vanguarda do mercado financeiro.
O setor bancário do país já se apresentava como um dos mais robustos do mundo, entretanto, boa parte da população ainda estava fora do sistema financeiro do país.
Para se ter ideia, o Pix foi o responsável por levar nove milhões de pessoas a abrir conta em banco, segundo levantamento do Banco Central (BC), divulgado pelo presidente Roberto Campos Neto na última semana.
Trata-se do sistema de pagamentos e transferências eletrônicas desenvolvido pelo próprio BC, dois anos atrás, e que acabou ganhando a aderência dos brasileiros, e desbancando o tradicional TED e DOC.
Vale lembrar que na primeira semana de 2023 a autoridade monetária colocou em prática as novas regras para o Pix. São elas:
- Fim da obrigatoriedade do limite por transação;
- Ampliação do limite para saque e troco;
- Alteração no período noturno base para estabelecer limite de transações.

Pix e Real Digital: moeda virtual
Em relação ao Real Digital, a previsão é de que este recurso seja lançado somente no primeiro semestre de 2024. Ele foi anunciado em dezembro de 2022, e terá um período de teste em 2023.
Esta é mais uma novidade do BC, e desenvolvida pelo BC, e deve se tornar uma espécie de extensão das cédulas físicas de dinheiro.
Além disso, terá por objetivo ser uma alternativa ao formato tradicional para operações eletrônicas, mas sem substituir o Real como conhecemos.
De acordo com a autoridade monetária, o Real Digital terá o mesmo valor da moeda física, ou seja, não necessitará de nenhum tipo de conversão.
Os usuários poderão ter uma carteira virtual por meio de alguma instituição autorizada, e o produto deverá servir para:
- Transferências;
- pagamentos internacionais sem depender de conversão;
- Compra e venda de produtos e serviços.
CBDC
Vale destacar que o Real Digital segue o padrão CBDC (Moeda Digital de Banco Central), ou seja, toda a regulamentação fica a cargo do BC.
É diferente das criptomoedas que, por exemplo, possuem caráter descentralizado, sem normas específicas.
Via de regra, os estabelecimentos comerciais poderão acertar o Real Digital para qualquer tipo de transação, uma vez que ele será válido a nível nacional.
No caso dos cirptoativos, estes não são moedas correntes e, desta forma, acabam não sendo aceitos por todos os estabelecimentos.
Países interessados
O Pix já está sendo implementado em países sul-americanos que se interessaram pela tecnologia, e isto em parceria com o BC.
Há outros países que também consideram o serviço muito avançado, mas preferiram elaborar seu próprio sistema, a exemplo dos Estados Unidos que poderá anunciar algo similar em breve.
Por conta do Pix, e de toda tecnologia embarcada, tanto o BC quanto seu presidente acabaram recebendo premiações no ano passado.
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