O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 (2TRI24) em relação ao 1º trimestre. Segundo um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, o PIB do Brasil teve o segundo melhor desempenho global de 50 países no período.
O PIB do Brasil divide a segunda posição de maior crescimento com a Noruega e Arábia Saudita no 2TRI24, que também avançaram 1,4%. O primeiro lugar foi ocupado pelo Peru, que registrou alta de 2,4%.
Na comparação anual com o 2TRI23 a alta é de 3,3%, também acima da projeção de 2,7%. A divulgação foi feita pelo IBGE nesta terça-feira (3).
O aumento do PIB foi impulsionado pelos setores de Serviços (1%) e Indústria (1,8%), apesar da queda de 2,3% na Agropecuária. Na ótica da demanda, o Consumo das Famílias e do Governo registraram alta de 1,3% cada, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 2,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.
Para o economista-chefe da agência, Alex Agostini, o PIB do 2TRI24 veio positivo e forte. “Muito forte a demanda das famílias, até por conta do mercado de trabalho bastante aquecido, e os gastos do governo, despesas do setor público muito forte também. Esse resultado do PIB é importante. Ele é positivo”, diz.
“Por outro lado, acende ainda mais a luz amarela para o banco central que já vinha numa discussão de alta da taxa de juros”, contrapõe Agostini. O economista-chefe da Austin Rating destacou que atividade econômica aquecida tende a pressionar a inflação no país, o que aumenta as chances de uma política monetária contracionista. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central pode implicar em elevação de juros.
PIB do Brasil fica entre maiores do mundo no 2TRI24
A alta de 1,4% do PIB do Brasil colocou a economia local em 2º lugar em comparação com o avanço da atividade econômica de 50 países.
Veja, a seguir, o ranking completo, segundo levantamento da Austin Rating:
Posição | País | Crescimento |
1ª | Peru | 2,4% |
2ª | Arábia Saudita | 1,4% |
Brasil | 1,4% | |
Noruega | 1,4% | |
3ª | Irlanda | 1,2% |
4ª | Holanda | 1,0% |
5ª | Indonésia | 0,9% |
6ª | Croácia | 0,8% |
Espanha | 0,8% | |
Japão | 0,8% | |
Sérvia | 0,8% | |
Tailândia | 0,8% | |
7ª | China | 0,7% |
Chipre | 0,7% | |
Estados Unidos | 0,7% | |
Lituânia | 0,7% | |
Malásia | 0,7% | |
8ª | Dinamarca | 0,6% |
Reino Unido | 0,6% | |
9ª | Bulgária | 0,5% |
Canadá | 0,5% | |
Filipinas | 0,5% | |
Polônia | 0,5% | |
10ª | Singapura | 0,4% |
Eslováquia | 0,4% | |
Hong Kong | 0,4% | |
Islândia | 0,4% | |
11ª | Finlândia | 0,3% |
França | 0,3% | |
Israel | 0,3% | |
República Tcheca | 0,3% | |
Taiwan | 0,3% | |
12ª | Bélgica | 0,2% |
Eslovênia | 0,2% | |
Itália | 0,2% | |
México | 0,2% | |
Tunísia | 0,2% | |
13ª | Colômbia | 0,1% |
Portugal | 0,1% | |
Romênia | 0,1% | |
Turquia | 0,1% | |
14ª | Áustria | 0,0% |
Estônia | 0,0% | |
Nigéria | 0,0% | |
15ª | Alemanha | -0,1% |
16ª | Coreia do Sul | -0,2% |
Hungria | -0,2% | |
17ª | Suécia | -0,3% |
18ª | Chile | -0,6% |
19ª | Letônia | -0,9% |