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PEC preocupa, mas é preciso dar benefício da dúvida para Lula, diz economista do BTG Pactual (BPAC11)

PEC preocupa, mas é preciso dar benefício da dúvida para Lula, diz economista do BTG Pactual (BPAC11)

O economista-chefe do BTG Pactual (BPAC11) e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, declarou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que os números apresentados pela equipe de transição com a PEC do Estouro dos Gastos, com mais de R$ 200 bilhões fora do teto, “traz risco muito grande” e pode criar uma trajetória “preocupante” para […]

O economista-chefe do BTG Pactual (BPAC11) e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, declarou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que os números apresentados pela equipe de transição com a PEC do Estouro dos Gastos, com mais de R$ 200 bilhões fora do teto, “traz risco muito grande” e pode criar uma trajetória “preocupante” para dívida pública. 

Apesar disso, Mansueto relata que é preciso “dar o benefício da dúvida” para o início do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Teve uma série de declarações que assustaram um pouco o mercado, mas acho que não devemos tirar o que será o governo Lula do que aconteceu nas últimas três, quatro semanas”, afirma. 

O economista-chefe do BTG aponta que o Brasil está bem posicionado no cenário global e até domesticamente, com os sinais corretos de conciliação entre responsabilidade fiscal e social. Logo, esta é a oportunidade para o novo governo começar “muito bem”. 

“Se der o sinal errado, não colocar uma regra fiscal crível, começar gastando muito, o Banco Central não corta juro, a inflação aumenta, o risco fica maior, nossa moeda perde valor. Aí, podemos ter um cenário bem desafiador”, alerta Mansueto. 

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Entretanto, o modelo apresentado pela equipe de transição poderia levar a dívida/PIB de 74% a 75% em 2022 para 92% em 2026, cita o ex-secretário do Tesouro. Com isso, ele não descartaria a possibilidade de agências de classificação de risco em rebaixar a nota de crédito do Brasil ainda no primeiro semestre de 2023. 

Mansueto relata que para o mercado se animar novamente é preciso que ele escute apenas a mensagem correta. Um exemplo disso é a preocupação de que as contas públicas aparecem na curva de juros, que indica o Brasil com juros acima de 12% ao ano até o fim da década. 

Apesar disso, o ex-secretário entende que há um risco baixo do Banco Central (BC) voltar a subir em 2023. Mas ele entende que um cenário macroeconômico ruim pode perder espaço para cortar juros e isso é “muito ruim”. 

Embora os juros futuros tenham avançado nas últimas semanas, o câmbio ainda não sofreu tanto em virtude do investidor estrangeiro que “está animado com o Brasil”. Contudo, ele entende que se os sinais dúbios no fiscal não tivesse acontecido, o dólar estaria na casa dos R$ 4,80 ou R$ 4,90. 

Mansueto recomenda definir as regras para um novo arcabouço fiscal

O economista-chefe do BTG aponta que não é preciso de dois anos para definir as novas regras fiscais, tempo liberado pelo Senado para o governo federal gastar fora do teto. Mansueto cita que o atual teto de gastos foi elaborado em menos de um mês. 

Ele destaca que mais importante do que tratar sobre um novo arcabouço fiscal é mostrar quais são as formas de como o governo federal irá bancar o déficit proposto. Segundo Mansueto, aumentar ou não os gastos é um direito de qualquer governo e uma decisão política, porém se o novo governo prefere começar gastando mais, eles devem indicar as fontes de receita para financiá-las.

O economista ainda comentou sobre o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele avalia que o ex-prefeito de São Paulo é “um político experiente” e “uma pessoa inteligente”. “Tenho certeza de que ele sabe que precisa dar sinal de responsabilidade fiscal”, conclui.

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