Com uma população de 203 milhões e uma democracia consolidada, o Brasil emerge como um ator singularmente favorecido na nova ordem mundial. Geopoliticamente distante dos principais conflitos globais e adotando uma postura de neutralidade em um cenário internacional cada vez mais polarizado, o país sul-americano se destaca como uma potência em ascensão. Diante tudo isso, avalia-se se o momento do Brasil chegou. Análise do BTG Pactual (BPAC11) cita vários segmentos onde o país pode se destacar, podendo incluir as ações de empresas desses segmentos.
De acordo com a análise, o país se destaca como um líder na busca por práticas sustentáveis, sendo um dos países com matriz energética mais limpa. Com 80% de sua energia proveniente de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares, o país está posicionado de maneira única para impulsionar o desenvolvimento e a adoção dessas energias.
Além disso, com a produção de biocombustíveis representando 21% do total de combustíveis de transporte, o Brasil oferece soluções energéticas competitivas em termos de custo.
Já no setor alimentício, o Brasil se destaca como o maior exportador líquido de alimentos do mundo. Em 2022, suas exportações líquidas totalizaram US$ 123 bilhões, triplicando a marca do segundo colocado, de acordo com o BTG. Com vastas extensões de terra arável disponíveis, o país está bem-posicionado para atender à crescente demanda global por alimentos.
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O momento do Brasil nos combustíveis fósseis e agricultura
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produtividade agrícola brasileira aumentou impressionantes 58% desde o ano 2000, uma das taxas de crescimento mais significativas no cenário global.
No setor de combustíveis fósseis, o Brasil figura como o sétimo maior exportador de petróleo do mundo, segmento no qual há empresas como Petrobras (PETR3; PETR4). Com projeções indicando um crescimento contínuo na produção nos próximos anos, espera-se que o país suba nos rankings, tornando-se o quinto maior produtor até 2030, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA).
Além disso, o documento informa ainda que o país pode se tornar uma potência na indústria de mineração, onde atuam empresas como a Vale (VALE3), sendo o segundo maior exportador de minério de ferro globalmente e o maior produtor de nióbio. Com relevância significativa em outros minerais críticos, como cobre e lítio, o país desempenha um papel crucial na transição energética global.
Com suas crescentes exportações de alimentos, recursos minerais e petróleo, o Brasil registrou um superávit comercial recorde de aproximadamente US$ 100 bilhões em 2023, o que pode consolidar ainda mais sua posição como uma potência econômica emergente no cenário internacional.
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