A pesquisa ADP, considerada uma prévia do payroll, folha de pagamentos oficial e principal indicador do mercado de trabalho nos EUA, foi divulgada nesta quarta-feira (1) e apontou a criação de 192 mil vagas de trabalho na iniciativa privada em abril, ante 208 mil de março e expectativa de 179 mil.
Diferentemente do payroll, a ADP só contabiliza cargos privados. Já o payroll, que será divulgado nesta sexta (3) contabiliza cargos públicos e privados.
Segundo o relatório divulgado hoje, o ritmo médio de contratações acelerou nos últimos três meses, depois de desacelerar no final do ano passado, quase igualando os ganhos obtidos no primeiro semestre de 2023. O crescimento salarial continua a abrandar.
“As contratações foram amplas em abril. Apenas o setor de informação – telecomunicações, mídia e tecnologia da informação – mostrou fraqueza, registrando perdas de empregos e o menor ritmo de ganhos salariais desde agosto de 2021”, afirmou Nela Richardson, economista-chefe da ADP.
As empresas de grande porte (com mais de 500 empregados) responderam pela maior parte das contratações (98 mil). As de médio porte (50 a 499 empregados), por 62 mil. Enquanto as pequenas, por 38 mil.
A indústria respondeu por 47 mil contratações, ao passo que o setor de serviços, por 145 mil, com destaque para lazer e hospitalidade, comércio, transporte e serviços públicos.
Mercado de trabalho nos EUA: Relatório Jolts
Outro dado do mercado de trabalho divulgado nesta quarta-feira foi o relatório Jolts, do Departamento de Trabalho do país.
Ele apontou que a abertura de novos postos de trabalho não-agrícolas caiu de 8,8 milhões em fevereiro para 8,5 milhões em março. A expectativa era por 8,680 milhões de vagas no mês.
Ao longo do mês, o número de contratações foi de 5,5 milhões, ante 5,781 milhões um mês antes – desde o início do ano, esse dados já caiu em 455 mil. Os desligamentos recuaram para 5,2 milhões (339 mil a menos que no mês anterior).
Mercado de trabalho nos EUA e juros
Os dados do mercado de trabalho nos EUA são acompanhados de perto pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, para medir o impacto dos salários sobre a inflação e decidir sua política monetária.
Nesta quarta (1), o Fed decide juros e a expectativa é por mais uma manutenção no patamar de 5,25%-5,50% ao ano, com possível sinalização de queda da taxa apenas a partir de setembro. O mercado atualmente se divide entre os creem em apenas 1 corte, 2 cortes ou até mesmo nenhum em 2024.
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