O presidente do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, criticou a condução da política econômica brasileira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração foi dada durante um painel da Latin America Investment Conference (LAIC), evento promovido pelo UBS e o UBS BB, nesta quarta-feira (28), em São Paulo.
“O sucesso da economia precisa de ministros da Economia fortes. Já tivemos Fernando Henrique Cardoso, Henrique Meirelles, Paulo Guedes. Eles comandavam. Hoje existe uma dificuldade do ministro Haddad de comandar”, afirmou Kassab. “Haddad não consegue se impor no governo. Um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, acrescentou.
A fala do ex-prefeito de São Paulo evidencia uma crítica direta ao atual titular da Fazenda e sua atuação no governo Lula. A avaliação de Kassab indica que Haddad não teria a autonomia necessária para conduzir a política econômica de forma independente e eficaz, o que, segundo ele, representaria um risco para a estabilidade econômica do país.
Kassab critica Haddad: estratégia política e alianças
Reconhecido por sua habilidade como articulador político, Kassab tem se destacado na construção de alianças estratégicas nos últimos anos. Seu partido, o PSD, apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022, ao mesmo tempo que se aliou a Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Estado de São Paulo, garantindo a vice-governadoria com Felício Ramuth (PSD). Além disso, Kassab apoiou a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo nas eleições de 2024.
Nos bastidores, Kassab busca se viabilizar como candidato a vice-governador na provável chapa de reeleição de Tarcísio de Freitas em 2026. No entanto, enfrenta resistência de setores bolsonaristas, que veem com desconfiança sua relação com o governo petista. Atualmente, o PSD ocupa três ministérios na gestão Lula, o que gera dúvidas sobre sua fidelidade à base governista estadual.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Kassab afirmou que Tarcísio não disputará a presidência em 2026 e que o PSD apoiará sua reeleição ao governo paulista. “Aqui, em São Paulo, o PSD vai apoiar o Tarcísio e ele vai liderar o processo (de escolha da chapa em 2026)”, declarou.
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