O Jogo do Tigrinho ganhou destaque neste final de semana após uma reportagem no programa Fantástico, da TV Globo. A reportagem acompanhou as investigações da Polícia Civil sobre um suposto esquema de pirâmide financeira envolvendo o site e influenciadores digitais.
O Fortune Tiger, outro nome para o jogo online, funciona basicamente como um cassino virtual. Para ganhar, o apostador precisa acertar uma combinação de três figuras iguais em três fileiras e receber uma premiação em dinheiro.
O jogo tornou-se uma febre nas redes sociais, com influenciadores divulgando-o constantemente. A polícia está investigando a contratação desses influenciadores para atrair pessoas para participar do jogo, um método considerado ilegal.
Nas redes sociais, esses influenciadores contam “histórias de superação”, falando de pessoas que enriqueceram após conhecer o “Jogo do Tigrinho”. As autoridades suspeitam que esses influenciadores estejam ligados ao jogo através de um esquema de pirâmide financeira, onde pessoas são recrutadas com promessa de altos retornos, mas acabam sendo enganadas.
O Jogo do Tigrinho já está sendo investigado pelas polícias estaduais há algum tempo.
Em setembro, a influenciadora Skarlete Mello foi alvo da Operação Quebrando a Banca, da Polícia Civil do Maranhão, por colaborar com o jogo. Mello está sendo investigada pelos crimes de promover jogos de azar, loteria não autorizada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Além de Mello, outros foram presos em consequência das investigações do Jogo do Tigrinho. Além do Nordeste, a região Sul também está investigando e agindo contra o jogo. No Paraná, a polícia está averiguando a publicação de influenciadores prometendo retornos extraordinários aos seus seguidores nas redes sociais.
Os influenciadores Eduardo Campelo, Gabriel, Ezequiel e Ricardo supostamente fizeram fortuna no jogo e começaram a promovê-lo na internet, utilizando frases como “Ex-motoboy comprando carro de R$ 1 milhão”.
Segundo a reportagem do Fantástico, os influenciadores ganhavam entre 5 mil e 15 mil por campanha de sete dias de divulgação da plataforma. O número de seguidores dos fraudadores, somados, chega a 1 milhão.
Os criminosos davam dicas sobre como jogar em suas redes sociais, além de fazerem promoções e rifas eletrônicas para atrair novos participantes. Segundo a polícia, ganhavam entre R$ 10 e R$ 30 por cada novo cadastrado nas plataformas.