Nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso de isentar do Imposto de Renda (IR) todos os brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês até o final de seu mandato, em 2026. Durante um evento em Belford Roxo (RJ), Lula destacou que essa promessa, feita ainda em campanha, visa aliviar a carga tributária sobre a classe média e promover maior justiça fiscal.
“Até o final do mandato, quem ganhar até R$ 5 mil não vai pagar Imposto de Renda nesse país. Porque é para isso que vocês me elegeram, e é isso que eu vou fazer”, declarou o presidente.
Atualmente, a faixa de isenção do IR está em dois salários mínimos (R$ 2.824), um valor considerado defasado pela equipe econômica, que já realizou dois ajustes na tabela, elevando a isenção para perto de R$ 3 mil. A meta de isentar até R$ 5 mil, no entanto, pode ser alcançada em um “futuro próximo”, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil: governo avalia cenários
Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, Haddad confirmou que o governo está avaliando cenários para a implementação da isenção até o valor de R$ 5 mil, mas ponderou que a mudança precisa ser feita de forma equilibrada, para não comprometer as contas públicas. O ministro destacou a importância de uma transição fiscal responsável, que não prejudique os mais vulneráveis, e celebrou a aprovação da reoneração da folha de pagamento, aprovada pela Câmara na noite anterior.
“A isenção é algo que está nos planos do governo, e já estamos nos aproximando desse patamar, mas o ajuste fiscal precisa ser feito com cuidado e responsabilidade”, disse Haddad.
O orçamento de 2025 enviado ao Congresso ainda não prevê essa isenção para o próximo ano, o que sugere que a medida deverá ser implementada gradualmente, possivelmente nos anos seguintes. Enquanto isso, a equipe econômica busca compensar a queda de arrecadação com outras fontes, como a recuperação de recursos esquecidos em bancos e a repatriação de ativos.
A reoneração da folha de pagamento, aprovada pela Câmara, será realizada de forma gradual, com aumentos de 5% ao ano até 2028 para 17 setores da economia, garantindo, ao mesmo tempo, que o décimo terceiro salário continue isento de tributação.
O texto segue agora para sanção presidencial, e as novas alíquotas previdenciárias começarão a valer já no próximo ano.
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