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IPCA-15, prévia da inflação, é de 0,57% em abril; em 12 meses, 4,16%

IPCA-15, prévia da inflação, é de 0,57% em abril; em 12 meses, 4,16%

O IPCA-15 de abril, prévia da inflação, foi de 0,57%, uma desaceleração em relação ao índice de março, que havia sido de 0,69%. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE.

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IPCA-15 de abril: gráfico com índices mensais
Fonte: IBGE

No acumulado de 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ficou em 4,16%, abaixo do valor acumulado nos 12 meses anteriores, de 5,36% – em abril de 2002, a taxa foi de 1,73%.

O resultado puxa a inflação acumulada para dentro da margem da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para 2023, que é de 3,25% ao ano, com margem de 1,5 p.p,, ou seja, entre 1,75% e 4,75% ao ano. Se confirmado pelo IPCA, que é o índice oficial de inflação e sai no começo de maio, o número começa a abrir espaço para que o Copom reduza a Selic, taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.

IPCA-15 de abril: setor de transportes puxa alta

Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação na primeira quinzena de abril. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, contribuíram com o resultado do mês os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), com 0,14 p.p. e 0,07 p.p..

IPCA-15 de abril: gráfico com variações setoriais
Fonte: IBGE

Assim como no mês anterior, a alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), subitem que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.). Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. 

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Óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%), por sua vez, registraram queda, na contramão dos demais combustíveis (2,84%). Houve também alta de 11,96% nas passagens aéreas, após recuo de 5,32% em março.

Ainda em Transportes, a variação positiva de ônibus urbano (0,94%) deve-se aos reajustes de 15,75% nas passagens em Fortaleza (14,17%), a partir de 19 de março, e de 9,09% em Curitiba (4,71%), a partir de 1º de março. 

No subitem metrô (0,16%), o destaque foi o reajuste de 6,15% nas tarifas, aplicado a partir de 12 de abril no Rio de Janeiro (0,46%). Já a alta de 0,07% no subitem táxi é consequência da apropriação residual do reajuste de 11,54% nos preços em Belo Horizonte (0,65%), em vigor desde 13 de fevereiro.

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IPCA-15 de abril: alta nos produtos farmacêuticos

Em Saúde e cuidados pessoais (1,04%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,86%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. 

Os itens de higiene pessoal tiveram desaceleração de 2,36% em março para 0,35% no IPCA-15 de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

No grupo Habitação (0,48%), o destaque foi a energia elétrica residencial, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 p.p. As variações das áreas ficaram entre -1,36% em Porto Alegre e 7,18% no Rio de Janeiro, onde foram aplicados reajustes de 7,49% e 6,00% nas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março. 

A alta do grupo também foi influenciada pela aceleração em aluguel residencial (0,53%), que havia registrado alta de 0,15% em março.

IPCA-15 de abril: alimentação reduz alta

O grupo de Alimentação e bebidas desacelerou sua alta (de 0,20% em março para 0,04% em abril), assim como os grupos Comunicação (de 0,75% para 0,06%) e Habitação (de 0,81% para 0,48%).

A desaceleração de Alimentação e bebidas deve-se à variação negativa da alimentação no domicílio (-0,15%). Destacam-se as quedas nos preços da batata-inglesa (-7,31%), da cebola (-5,64%), do óleo de soja (-4,75%) e das carnes (-1,34%). No lado das altas, o destaque foi o ovo de galinha, cujos preços subiram 4,36% em abril.

A alimentação fora do domicílio passou de 0,68% em março para 0,55% em abril. O lanche desacelerou (de 1,02% em março para 0,82% em abril), enquanto a refeição (0,52%) registrou resultado próximo ao do mês anterior (0,50%).

IPCA-15 de abril: variações regionais

Regionalmente, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Curitiba (0,85%). A principal contribuição para o resultado veio da gasolina, com alta de 6,40%. Já a menor variação foi observada em Belo Horizonte (0,27%), influenciada pelas quedas de 6,19% nas frutas e de 13,30% no tomate.

IPCA-15 de abril: gráfico com variações regionais
Fonte: IBGE

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 11 de fevereiro a 15 de março de 2023 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. 

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista-chefe da EQII Asset

Stephan Kautz, economista-chefe da EQII Asset, afirma que, embora os dados do IPCA-15 tenham vindo mais baixos do que o esperado pelo consenso do mercado, ainda é cedo para falar que os índices estão sob controle.

“Como a gente tem observado nos últimos meses, os números deram uma melhorada, mas pararam de cair e agora, se você olha os núcleos, os índices mais duros, e faz o cálculo anualizado, ainda está acima da margem da meta, entre 5% e 6% ao ano. E ainda existe sim uma inflação de demanda”, explica o analista.

Para Kautz, portanto, o Copom não deve mexer na Selic tão cedo. “Os números mostram que, por enquanto, ainda não há margem para redução da taxa de juros e o Copom deve manter os índice em 13,75% na reunião da semana que vem”, aponta. Ouça o comentário completo abaixo.

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