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IPCA-15 de julho, prévia da inflação, cai 0,07% e abre espaço para queda maior da Selic

IPCA-15 de julho, prévia da inflação, cai 0,07% e abre espaço para queda maior da Selic

O IPCA-15 de julho, prévia da inflação, teve queda de 0,07%, puxado por quedas no preço da energia elétrica residencial, e abaixo das projeções de consenso do mercado, que apontavam para uma redução média de 0,03%.

Os números, divulgados nesta terça-feira (25) pelo IBGE, mostram nova desaceleração do índice, que havia ficado em 0,04% em junho. No ano, a alta acumulada do IPCA-15 é de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%. É o primeiro registro de deflação no índice desde setembro do ano passado.

O resultado abre espaço para uma queda maior da Selic na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) marcada para a semana que vem. O índice está em 13,75 ao ano e o consenso do mercado era de uma queda de 0,25 p.p., mas analistas discutem a possibilidade de uma queda mais acentuada, de 0,5 p.p.

Gráfico com índices mensais do IPCA-15 nos últimos 12 meses
Fonte: IBGE

.IPCA-15 de julho: energia elétrica derruba índice

O principal impacto negativo para o resultado veio da retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho. A queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo Habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. 

IPCA-15 de junho: tabela mostra dados por atividade econômica
Fonte: IBGE

Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram. A alta foi consequência dos reajustes realizados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio.

Entre os grupos analisados pela pesquisa, a outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Por outro lado, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês.

Com a alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%). Já a refeição (0,17%) desacelerou na mesma comparação (0,28%).

IPCA-15 de julho: gasolina tem alta 

Entre as altas, o destaque foi o grupo de Transportes (0,63%). O avanço é explicado pelo aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve o maior impacto positivo (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados, depois de uma mudança no regime de tributação a partir de 1º de julho.

O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.

Ainda em Transportes, houve alta de 4,70% nos preços das passagens aéreas, que já haviam subido 10,70% em junho. Do lado das quedas, destacam-se o automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%), além do ônibus urbano (-0,72%), com o impacto da retração de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte (-5,17%), a partir de 8 de julho.

IPCA-15 de julho: dados regionais

Seis das 11 áreas pesquisadas recuaram em julho. A maior inflação ficou com Porto Alegre (0,34%), por conta das altas da gasolina (3,78%) e da passagem aérea (13,87%). Já a deflação registrada em Goiânia (-0,52%), a maior entre os locais, foi relacionada à queda de 7,31% na energia elétrica residencial.

IPCA-15 de junho: tabela mostra dados por região
Fonte: IBGE

IPCA-15: como funciona a pesquisa: 

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, com diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 14 de junho de 2023 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Tá, e aí?Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, afirma que a melhor notícia está nos núcleos de serviços. “Se a gente observar uma média móvel dos últimos três meses e fizer o cálculo anualizado, o número vai ficar entre 4% e 5%, o que representa uma melhora em relação aos meses anteriores, quando essa taxa estava perto de 6%”, explica o analista.

Assim, ele acha que é possível que o Copom possa acelerar o processo de queda da Selic na reunião da semana que vem. “Esses números permitem uma posição agressiva. A gente tem o cenário-base de corte de 0,25 p.p., mas a chance de uma redução de 0,50 p.p. pelos resultados, especialmente por essa questão dos núcleos de serviços”, completa Kautz.

 Ouça o comentário abaixo.

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