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EUA: inflação ao produtor (PPI) sobe 0,8% em maio ante abril, em linha com mercado

EUA: inflação ao produtor (PPI) sobe 0,8% em maio ante abril, em linha com mercado

A inflação ao produtor (PPI) subiu 0,8% em maio ante abril, em linha com mercado, segundo o BTG Pactual (BPAC11). “Em 12 meses, o PPI atingiu 10,8% ante 10,9% de abril”, destacou.

Já o Núcleo do PPI subiu 0,5% em maio, ante 0,4% (revisado de 0,5%), acima da previsão de 0,6%, elencou o banco de investimentos.

EUA: inflação ao produtor (PPI) sobe 0,8% em maio ante abril, em linha com mercado

PPI: inflação ao produtor

De acordo com o levantamento do Bureau of Labor Statistics dos EUA, em maio, quase dois terços do aumento do índice de demanda final deveu-se a uma alta de 1,4% avanço nos preços dos bens de demanda final. O índice de serviços de demanda final aumentou 0,4%.

Os preços da demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais subiram 0,5% em maio após aumentando 0,4% em abril. Para os 12 meses encerrados em maio, o índice de demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais subiram 6,8%.

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Bens de demanda final

Ainda de acordo com o levantamento, o índice de bens de demanda final subiu 1,4% em maio, o quinto ascensão consecutiva.

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Mais de 70% do aumento em maio pode ser atribuído a um avanço de 5,0% no preços da energia de demanda final.

O índice de bens de demanda final menos alimentos e energia subiu 0,7%, enquanto os preços dos alimentos de demanda final permaneceram inalterados.

O bureau destacou que quarenta por cento do aumento de maio nos preços dos bens de demanda final podem ser atribuídos para um avanço de 8,4% no índice da gasolina.

Preços de combustível de aviação, gás natural residencial, aço produtos de moagem, óleo diesel e frangos jovens processados ​​também subiram. Por outro lado, o índice para a carne bovina caiu 9,5%. Preços da sucata de ferro e aço e da energia elétrica comercial também diminuiu.

Em se tratando de serviços de demanda final, o índice subiu 0,4% em maio após uma queda de 0,2% em abril.

Mais da metade do avanço de base ampla pode ser atribuído a 2,9% aumento dos preços dos serviços de transporte e armazenamento de demanda final.

Os índices de demanda final serviços de comércio e para serviços de demanda final menos comércio, transporte e armazenamento também mudaram superior, 0,4% e 0,1%, respectivamente. (Os índices comerciais medem as mudanças nas margens recebidos por atacadistas e varejistas).

Transporte rodoviário de cargas

O levantamento mostra ainda que quase 30% do aumento de maio no índice de serviços de demanda final pode ser atribuído aos preços do transporte rodoviário de cargas, que subiram 2,9%.

Os índices de serviços relacionados à corretagem e negociação de valores mobiliários (parcial), comércio atacadista de máquinas e equipamentos, comércio atacadista de produtos químicos e afins, varejo de automóveis e peças automotivas, e transporte de passageiros (parcial) também avançou. Em contraste, as margens para combustíveis e lubrificantes o varejo caiu 21,7%.

Os índices para gestão de portfólio e aluguel de quartos também movido para baixo.

Tá, e daí?

De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), após surpresa altista com o CPI (inflação ao consumidor dos EUA) na última semana, o PPI, indicador que mede a inflação ao produtor, apresentou resultado em linha com o esperado – ainda que permanecendo em elevado patamar e com grande disseminação.

“O avanço no headline se deu pela alta em Energia, 5,0%, enquanto o grupo de Alimentos ficou estável no mês (0,0%). No núcleo, o destaque fica por conta de Serviços de Transporte e Armazenagem, registrando uma alta de 2,9%, ante 2,0% em abril.  Ressaltamos que, a resistência dos preços de Serviços de Transporte, pode sinalizar renovação da pressão inflacionária no CPI”, destacou.

E disse mais: “por sua vez, os Serviços de Saúde apresentaram alta marginal de 0,1%. Vale notar que tal item é utilizado nas estimativas do PCE, principal dado de inflação ao consumidor acompanhado pelo Fed.”

E para frente?

Ainda de acordo com o banco de investimentos, apesar da aceleração do dado de hoje, o resultado não deve contribuir para uma piora no sentimento de mercado para com a inflação e suas expectativas.

“O balanço de risco para os preços das commodities está um pouco mais equilibrado, ainda que com algum viés de alta. Como vetor altista, destacamos a manutenção do cenário de oferta apertada, o clima adverso nos EUA e a proximidade do verão no hemisfério norte. Por outro lado, a forte aceleração do Dólar global (DXY atingiu o maior patamar em 20 anos), somado a uma possível acomodação de demanda com a desaceleração da atividade econômica global, reflexo de um ambiente de juros mais alto, podem limitar o movimento altista dos preços”, ressaltou o BTG.

E acrescentou: “para os próximos meses, ainda vemos pressão na inflação ao produtor, mesmo com um arrefecimento na comparação anual. O maior risco envolve uma descompressão de forma mais lenta do que o esperado nos preços.”