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IGP-M, inflação do aluguel, acelera acima do esperado em fevereiro

IGP-M, inflação do aluguel, acelera acima do esperado em fevereiro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou um aumento de 1,06% em fevereiro, superando as expectativas do mercado, que previa uma alta de 1,01%. O resultado representa uma aceleração expressiva em relação a janeiro, quando o indicador havia subido 0,27%.

Com esse desempenho, o IGP-M acumula elevação de 1,33% no ano e 8,44% nos últimos 12 meses. No mesmo período de 2024, o índice havia registrado uma queda de 0,52% no mês e de 3,76% em 12 meses.

O IGP-M, que é considerado a “inflação do aluguel”, por tradicionalmente ser usado no reajuste dos contratos de locação, é formado por três subíndices, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente.

IGP-M de fevereiro: pressão sobre o IPA

O avanço do IGP-M foi impulsionado pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que acelerou para 1,17% em fevereiro, ante 0,24% em janeiro. Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a alta foi puxada por produtos como ovos e café, que sofreram com o impacto das temperaturas elevadas, reduzindo a oferta e elevando os preços. A proximidade da Quaresma também contribuiu para pressionar os preços dos ovos, já que a demanda aumenta nesse período.

Dentro do IPA, os Bens Finais apresentaram desaceleração, passando de 0,79% em janeiro para 0,42% em fevereiro. O subgrupo que exclui alimentos in natura e combustíveis recuou de 0,71% para 0,11%. Já os Bens Intermediários subiram 1,01%, embora abaixo do 1,26% registrado no mês anterior. O grupo das Matérias-Primas Brutas, por outro lado, reverteu sua queda de 0,75% em janeiro e subiu 1,75% em fevereiro.

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Inflação ao consumidor também avança

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também registrou forte aceleração, subindo 0,91% em fevereiro, contra 0,14% em janeiro. Entre as principais pressões de alta, destacam-se os grupos de Habitação (-1,65% para 1,49%) e Transportes (0,44% para 1,46%). O aumento nos preços da gasolina e das tarifas de energia elétrica refletiu reajustes do ICMS e a retirada do bônus de Itaipu. Outros setores também registraram avanço, como Despesas Diversas (0,29% para 0,81%) e Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,29%).

Por outro lado, alguns setores mostraram desaceleração nos aumentos de preços, como Alimentação (1,31% para 0,89%), Vestuário (0,63% para -0,28%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,42%).

INCC desacelera

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma alta de 0,51% em fevereiro, inferior à de 0,71% registrada em janeiro. Dentro desse índice, o grupo Materiais e Equipamentos manteve a taxa de 0,43%, enquanto o grupo de Serviços acelerou de 0,41% para 0,68%. Por outro lado, o custo com Mão de Obra recuou de 1,13% para 0,59%.

Perspectivas para a inflação

A alta do IGP-M acima do esperado reflete um cenário de pressões inflacionárias espalhadas por diversos setores da economia, desde o atacado até o consumidor final. Com a inflação do aluguel ainda em patamares elevados, o impacto sobre os contratos imobiliários pode ser significativo nos próximos meses. O comportamento dos preços ao longo do primeiro semestre será fundamental para determinar os rumos da política monetária e os impactos sobre a economia brasileira.

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