Durante visita a um centro logístico do Mercado Livre (MELI; MELI34) em Cajamar (SP), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um apelo claro: quer que a população pressione o Congresso Nacional pela aprovação do projeto que amplia a isenção de IR para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil. A proposta é central no plano do governo para aliviar o bolso da classe média e ampliar a justiça tributária no país.
“Nós mandamos um projeto para o Congresso Nacional, e é importante você falar com o deputado, com a deputada, com o senador, senadora, em quem você votou, em quem você confia”, disse o ministro a trabalhadores presentes no local. A ideia é simples: mobilizar os cidadãos para que cobrem diretamente os parlamentares e garantam apoio à proposta.
A conta que fecha: 141 mil pagam, 15 milhões ganham
O projeto prevê compensações fiscais para evitar perda de arrecadação. O mecanismo pensado pelo governo é tributar mais a alta renda. Segundo Haddad, quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano, ou R$ 100 mil por mês, passaria a pagar 10% de imposto de renda.
Esse novo modelo atingiria cerca de 141 mil contribuintes, enquanto os benefícios alcançariam 10 milhões de pessoas com renda de até R$ 5 mil e outros 5 milhões com ganhos de até R$ 7 mil, que teriam descontos no tributo. Para o ministro, essa é uma forma concreta de reduzir desigualdades. “É como se, para cada pagador, você tivesse 100 brasileiros beneficiados. Essa é a equação que nós fechamos”, afirmou.
14º salário
Haddad destacou ainda que a economia gerada com a isenção pode, ao fim de um ano, equivaler a um décimo quarto salário para muitos trabalhadores. Em um país onde a renda é apertada para a maioria, essa folga financeira pode significar mais consumo, alívio em dívidas ou investimento pessoal.
Crédito mais barato como complemento
Além da isenção do IR, o ministro também anunciou avanços no crédito consignado para trabalhadores do setor privado. Segundo ele, bancos públicos já oferecem a modalidade com juros de 2,5% ao mês, significativamente menores do que os praticados no mercado. Com a entrada da concorrência privada, a expectativa é que as taxas caiam ainda mais.
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