O Ministério do Planejamento e Orçamento divulgou, na noite de sexta-feira (20), o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º Bimestre, destacando uma redução na contenção total de verbas do governo federal em R$ 1,7 bilhão. Com isso, o montante bloqueado caiu de R$ 15 bilhões, registrado no 3º bimestre, para R$ 13,3 bilhões. A decisão será apresentada em uma coletiva de imprensa, às 11h desta segunda, na qual o governo explicará os detalhes por trás da medida.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou no fim de semana, o cenário econômico é positivo. “Vamos ver que as notícias são boas”, disse. “A arrecadação continua vindo em compasso com as perspectivas da receita, as despesas estão acomodadas no teto de gasto, como previsto”, completou.
O relatório sugere que o governo tem conseguido equilibrar as contas públicas, ainda que o déficit primário para 2024 seja projetado em R$ 28,3 bilhões, o que está dentro da margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões estabelecida pelo novo arcabouço fiscal.
Essa mudança na contenção de verbas se deve, principalmente, ao aumento da arrecadação, segundo a equipe econômica. Parte dos recursos bloqueados foi liberada, enquanto outro montante segue congelado para garantir o cumprimento das regras do novo arcabouço fiscal, que permite uma variação de 0,25 ponto percentual do PIB em relação à meta de déficit zero.
Contenção de verbas: mercado reage com ceticismo
Apesar das declarações otimistas do governo, o mercado financeiro mostrou sinais de preocupação. Na sexta-feira, o governo adiou o anúncio dos números para após o fechamento do mercado, o que gerou nervosismo entre os investidores. Como resultado, o dólar disparou, e o Ibovespa registrou uma queda de 1,55%.
Analistas do mercado questionam o real compromisso do governo com o equilíbrio fiscal, levantando dúvidas sobre a capacidade de cumprir a meta de déficit zero. O adiamento da divulgação foi visto com desconfiança, acentuando a volatilidade nos índices econômicos.
Você leu sobre a contenção de verbas do governo. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!
