A indústria de Fundos de Investimento nas Cadeias Agroindustriais (Fiagros) registrou crescimento de 124,3% até setembro de 2023, alcançando um patrimônio líquido de R$ 42 bilhões. Apesar de algumas turbulências em determinados fundos, o setor continua a expandir sua relevância no mercado financeiro.
No mesmo período, o avanço de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) foi de 34%, com o patrimônio líquido atingindo R$ 147,4 bilhões. Em contrapartida, o volume total do mercado de capitais ligado ao agronegócio (renda fixa, variável e fundos) apresentou uma leve redução de 2,22% em relação a junho de 2023. No saldo dos últimos 12 meses, porém, a participação do setor no mercado de capitais cresceu 5,6%.
Raio-X do mercado de Fiagros
Até setembro, 127 Fiagros estavam ativos no mercado. A categoria de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) representou 45% do total de fundos, superando, pela primeira vez, os Fiagros Imobiliários, que, no entanto, ainda lideram em patrimônio líquido, com 43% do total.
A alocação de recursos pelos gestores dos Fiagros destaca os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e CRA como os principais ativos investidos, somando R$ 10,9 bilhões, o equivalente a 44% dos R$ 24,8 bilhões aplicados no total.
Outro dado relevante é a concentração de investidores: apenas 12 fundos possuem mais de 15 mil cotistas, enquanto 63% estão na faixa de até cinco mil cotistas.
Medidas de fortalecimento e regulamentação
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reforçou a presença do agronegócio no mercado de capitais com a publicação da Resolução CVM 214, em setembro de 2023. Essa regulamentação trouxe avanços em transparência, governança e conduta para os Fiagros, sinalizando um esforço contínuo para atrair mais investidores e fortalecer o setor.
Por outro lado, considerando o mercado de capitais em geral, o crescimento médio consolidado foi de 13,5% entre setembro de 2023 e setembro de 2024, com o volume passando de R$ 13,98 trilhões para R$ 15,87 trilhões.
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