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Trump vence em Iowa e é favorito dos Republicanos; entenda a eleição americana

Trump vence em Iowa e é favorito dos Republicanos; entenda a eleição americana

Na noite de segunda-feira (15), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu vitorioso nas primeiras prévias republicanas para a disputa presidencial de 2024.

A prévia em Iowa seguiu o modelo de caucus, espécie de assembleia em que membros do partido debatem em grupo e tentam convencer os demais sobre o voto. A alternativa ao caucus são as primárias, modelo mais parecido a uma eleição no Brasil, com cada participante entregando um voto (que pode ser secreto ou público, conforme as definições de cada estado).  

O resultado foi uma vantagem significativa para Trump, alinhada ao que apontavam as pesquisas eleitorais. Com mais de 99% dos votos apurados, a prévia apontava o seguinte:

  • Donald Trump: 51% — 20 delegados
  • Ron DeSantis: 21,2% — 8 delegados
  • Nikki Haley: 19,1% — 7 delegados
  • Vivek Ramaswamy: 7,7% — 3 delegados
  • Outros: 1%

Ou seja, nenhum dos principais concorrentes de Trump, incluindo os favoritos Nikki Haley e Ron DeSantis, conseguiu reunir uma margem substancial de votos, sendo que os votos anti-Trump permanecem divididos, sem que nenhum rival claro tenha surgido.

Ainda ontem, Vivek Ramaswamy, um concorrente ideologicamente alinhado a Trump, anunciou sua retirada da corrida e expressou seu apoio ao principal candidato nas próximas prévias, que acontecem em New Hampshire, no dia 23 de janeiro.

Os resultados mostram que cerca de metade dos eleitores republicanos em Iowa se considera parte do movimento “Make America Great Again” de Trump. A vitória de Trump não se limitou a grupos específicos. Ele conquistou eleitores mais jovens e mais velhos, homens e mulheres, além de republicanos evangélicos e conservadores da direita radical.

Vale dizer que, com base nas pesquisas eleitorais, se as eleições fossem hoje, Trump iria concorrer à Casa Branca com Joe Biden, atual presidente do país.

Como acontecem as eleições nos EUA?

As eleições presidenciais nos Estados Unidos são um processo complexo, ocorrendo a cada quatro anos. Veja a seguir como funciona o sistema.

1. Temporada de prévias: primárias e caucus

A temporada de definição de candidatos começa com primárias e caucus que ocorrem nos Estados ao longo de vários meses, culminando na definição dos candidatos que disputarão a Presidência em novembro.

Caucus, assim como as primárias, fazem parte do processo de indicação presidencial.

Ambos os processos alocam delegados com base na porcentagem de votos recebidos pelos candidatos. Na convenção nacional do partido, o candidato com mais delegados torna-se o candidato do partido.

A diferença é que os caucus, baseados em um modelo mais antigo, são organizados pelo partido, enquanto as primárias são administradas pelo estado.

2. Sistema bipartidário

Os EUA possuem um sistema político dominado pelos partidos Democrata e Republicano. Candidatos de partidos menores ou independentes podem concorrer, mas raramente têm chances.

3. Descentralização e pré-candidaturas

Cada um dos 50 Estados tem autonomia nas eleições. O processo inicia quase dois anos antes da votação, com pré-candidatos formando comitês exploratórios e arrecadando fundos.

4. Prévias e escolha de delegados

As prévias para definição dos delegados ocorrem via primárias ou caucus.

Os eleitores votam diretamente em primárias fechadas ou abertas, enquanto caucus envolvem reuniões para escolher delegados.

Os delegados partidários são eleitos nas primárias e caucus, comprometendo-se a apoiar o pré-candidato vitorioso em sua convenção estadual.

5. Convenções nacionais

Os delegados participam de convenções nacionais, nas quais o pré-candidato com a maioria dos votos se torna oficialmente o candidato do partido.

As convenções republicana e democrata ocorrem em julho e agosto, respectivamente, e definem não apenas os candidatos, mas também delineiam a agenda partidária.

6. Estados decisivos – swing states

Alguns estados, chamados de “swing states,” são cruciais, pois não têm uma maioria clara e podem votar em diferentes partidos a cada eleição.

7. Colégio eleitoral e eleição geral

Os eleitores não elegem diretamente o presidente; eles votam em eleitores do Colégio Eleitoral.

O candidato precisa conquistar pelo menos 270 dos 538 votos do Colégio Eleitoral para vencer.

É possível que um candidato vença o voto popular, mas perca no Colégio Eleitoral, como ocorreu em 2016.

8. Dia da eleição e posse

O voto é facultativo, ou seja, opcional, e o dia da eleição não é feriado. Os eleitores podem votar antecipadamente ou pelo correio.

O novo presidente toma posse em 20 de janeiro do ano seguinte à eleição.

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