A dívida bruta do governo atingiu 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados nesta segunda (11) pelo Banco Central.
No Governo Central, nos governos regionais e nas empresas estatais houve, na ordem, déficits de R$ 4 bilhões, R$ 3,2 bilhões e R$ 192 milhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do PIB e 0,11 ponto porcentual inferior ao déficit acumulado nos doze meses até agosto.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 46,4 bilhões em setembro de 2024, comparativamente a R$ 81,7 bilhões em setembro de 2023. Essa redução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$ 15,9 bilhões em setembro de 2023 e ganho de R$ 20 bilhões em setembro de 2024).
No acumulado em doze meses até setembro deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 819,7 bilhões (7,19% do PIB), comparativamente a R$ 699,7 bilhões (6,56% do PIB) nos doze meses até setembro de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 53,8 bilhões em setembro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 1.065,3 bilhões (9,34% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.111,3 bilhões (9,81% do PIB) acumulado até agosto de 2024.

Dívida bruta do governo geral
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,4% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em setembro, elevando-se 0,4 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu em especial os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).
No ano, a DLSP elevou-se 1,5 p.p. do PIB, em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,7 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,9 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 12,5% acumulada no ano (-1,3 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,7 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em setembro de 2024, redução de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Essa redução decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.). No ano, o aumento de 3,8 p.p. do PIB resulta sobretudo da incorporação de juros nominais (+5,6 p.p.), da emissão líquida de dívida (+1,2 p.p.), do efeito da desvalorização cambial acumulada (+0,5 p.p.), do reconhecimento de dívida (+0,2 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-3,6 p.p.).
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