A confiança do consumidor nos Estados Unidos recuou em novembro pelo quarto mês consecutivo, caindo 5%, segundo dados da Universidade de Michigan divulgados nesta sexta-feira (10). A leitura preliminar do Índice Geral de Confiança do Consumidor nos EUA ficou em 60,4 em novembro, em comparação com 63,8 em outubro.

Embora as finanças pessoais e o planejamento financeiro dos norte-americanos tenham melhorado levemente este mês, as perspectivas econômicas a longo prazo caíram 12%, em parte devido às preocupações crescentes sobre os efeitos negativos das taxas de juro elevadas desde já e por mais tempo.

No final de outubro, o Índice de Confiança do Consumidor nos EUA medido pelo Conference Board caiu pelo terceiro mês consecutivo. O dado foi de 104,3 em setembro para 102,6.

Segundo a Universidade de Michigan, em novembro, as guerras em andamento, em Gaza e na Ucrânia, também pesaram sobre o sentimento. No geral, os consumidores com rendimentos mais baixos e os mais jovens levaram a percepção do norte-americano para baixo.

Em contraste, os demais grupos tiveram um desempenho 10% melhor, refletindo o recente fortalecimento dos mercados de capitais do país.

Confiança do consumidor nos EUA: expectativas de inflação sobem

As projeções para a inflação subiram para 4,4%, o que indica que o grande aumento entre a leitura de 3,2% de setembro e a de 4,2% em outubro não foi uma coincidência.

A estimativa atual é a mais elevada desde novembro de 2022 e permanece bem acima do intervalo de 2,3 a 3,0%, observado nos dois anos anteriores à pandemia.

As expectativas de inflação a longo prazo também aumentaram, de 3,0% no mês passado para 3,2% neste mês, no patamar mais elevado desde 2011.

As expectativas sobre os preços de combustíveis, tanto a curto como a longo prazo, subiram para os seus valores mais elevados neste ano da mesma maneira.