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China: importações têm maior queda desde julho de 2023

China: importações têm maior queda desde julho de 2023

As exportações chinesas cresceram 2,3% em dólares americanos no período de janeiro a fevereiro em relação ao ano anterior, bem abaixo da expectativa de 5%. Esse foi o ritmo mais lento de crescimento desde abril do ano passado, quando o aumento foi de apenas 1,5%. Já as importações na China surpreenderam ao registrar uma queda de 8,4% no mesmo período, a maior contração desde julho de 2023. O mercado esperava um crescimento de 1% nas importações.

O enfraquecimento das exportações e o declínio expressivo das importações refletem o impacto das tarifas impostas pelos EUA e a fraca demanda interna, dificultando os esforços de Pequim para reverter o crescimento econômico lento.

Importações na China: impacto das tarifas e antecipação de embarques

Desde o final de 2024, exportadores chineses têm acelerado seus embarques, prevendo novas tarifas dos EUA com a volta de Donald Trump à Casa Branca. Em 4 de fevereiro, uma primeira rodada de aumentos tarifários de 10% entrou em vigor, seguida por outro aumento de 10% um mês depois, elevando as taxas cumulativas para 20%.

Em resposta, a China impôs tarifas adicionais sobre produtos energéticos e agrícolas dos EUA e restringiu exportações de minerais estratégicos. “Como as empresas esperam mais tarifas entre os dois países, ainda há demanda antecipada”, destacou Gary Ng, economista sênior da Natixis, em entrevista à CNBC. Ele prevê que o comércio exterior da China permanecerá sob pressão nos próximos meses.

Comércio com EUA permanece forte, mas incertezas persistem

Apesar das tensões comerciais, os EUA continuam sendo o maior parceiro comercial da China. O comércio bilateral cresceu 2,4% nos dois primeiros meses de 2025, com exportações chinesas avançando 2,3% e importações subindo 2,7%. No entanto, especialistas alertam que, sem um acordo para conter tarifas, essa tendência pode se reverter.

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Por outro lado, o comércio com parceiros como União Europeia, Japão e Coreia do Sul sofreu com a queda das importações e o crescimento tímido das exportações. As importações da UE recuaram 5,6%, enquanto as exportações aumentaram apenas 0,6%.

Setores afetados e desafios internos

As exportações de aço e terras raras caíram 3,9% e 0,4%, respectivamente, enquanto produtos de alta tecnologia e navios registraram crescimento de 5,4% e 2,2%. Por outro lado, as importações de soja diminuíram 14,8%, e as de minério de ferro e terras raras caíram cerca de 30%.

A queda nas importações reflete a recuperação lenta do setor imobiliário e a tendência de substituição de produtos importados por alternativas domésticas mais baratas.

Medidas de apoio econômico

Diante desses desafios, cresce a pressão sobre Pequim para adotar estímulos mais robustos ao consumo e ao setor imobiliário, reduzindo a dependência da economia em exportações. Em resposta, o governo anunciou uma meta ambiciosa de crescimento de 5% para 2025, além de um pacote fiscal ampliado, que inclui 300 bilhões de yuanes em títulos do Tesouro para subsidiar o consumo.

Além disso, desde o ano passado, Pequim tem ampliado programas de incentivos, como subsídios para compra de eletrônicos e eletrodomésticos. Ainda assim, o enfraquecimento do comércio reforça a necessidade de novas medidas para impulsionar a demanda interna e garantir um crescimento sustentável, segundo analistas.

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