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China diz que não há negociações comerciais em andamento com os EUA

China diz que não há negociações comerciais em andamento com os EUA

A China afirmou de forma categórica que não há negociações comerciais em curso com os EUA, mesmo diante de declarações recentes de autoridades americanas sugerindo um possível alívio nas tensões. A palavra veio do porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, que declarou: “No momento, não há absolutamente nenhuma negociação sobre economia e comércio entre a China e os EUA.” Ele também alertou que “todas as declarações” sobre avanços nas tratativas bilaterais devem ser descartadas.

Essa posição confronta diretamente os comentários feitos pelo presidente Donald Trump e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que indicaram nesta semana um possível movimento de distensão. A situação atual, no entanto, mostra o contrário: a guerra comercial segue firme, com tarifas de até 145% impostas pelos EUA a produtos chineses, respondidas por medidas similares de Pequim.

Condições da China: diálogo só em pé de igualdade

O Ministério do Comércio reforçou que a China estaria disposta a dialogar com os EUA, desde que fosse tratada como igual. A mesma linha foi seguida pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun. Segundo os dois órgãos, qualquer avanço só ocorrerá se os EUA removerem as chamadas “medidas unilaterais”.

“A China definitivamente quer ver a guerra comercial se acalmar, pois isso prejudica ambas as economias”, afirmou Yue Su, economista-chefe do The Economist Intelligence Institute. No entanto, a falta de consistência nas políticas americanas fez com que a China mudasse sua postura: de tentar atender às exigências dos EUA para priorizar seus próprios interesses. O pedido para que as tarifas sejam eliminadas simboliza essa mudança de estratégia.

Impactos econômicos e postura mais agressiva

A escalada das tensões já começou a repercutir nas projeções econômicas. Bancos de Wall Street têm revisto para baixo suas expectativas de crescimento do PIB chinês. A perspectiva de novos atritos levou até mesmo à ameaça, por parte de Pequim, de impor contramedidas a países que se alinharem com os EUA em detrimento dos interesses chineses.

Para Jianwei Xu, economista da Natixis, qualquer negociação só terá peso se os EUA voltarem a tarifas em torno de 20% ou menos. Mas isso implicaria reconhecer que a escalada tarifária de Trump pode ter sido, no fim das contas, um movimento de retorno ao ponto de partida. “Para o governo Trump, reduzir tarifas demais pode levantar questões desconfortáveis: qual era o sentido do confronto se acabássemos de volta onde começamos?”

O contexto comercial global em mudança

Enquanto a relação bilateral China-EUA se complica, a dinâmica global muda. Os EUA ainda são o principal parceiro individual da China, mas, em termos regionais, o Sudeste Asiático já ultrapassou a União Europeia, tornando-se o maior parceiro comercial do país asiático. Isso reforça a tendência de diversificação da China e seu esforço em fortalecer mercados alternativos.

A ausência de diálogo direto entre as duas maiores economias do mundo mantém o clima de incerteza e dificulta previsões confiáveis para o comércio global. Com a retórica endurecida de ambos os lados, uma reaproximação concreta parece distante no curto prazo.

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