Das mentes mais empreendedoras aos bolsos mais cheios, os bilionários podem ser os mais impactados em uma mudança governamental, ainda mais na Casa Branca, mas afinal, o que esses ricaços pensam sobre a vitória de Trump?
“Os EUA são uma nação de construtores”, publicou Elon Musk, o homem mais rico do mundo, no X (antigo Twitter), na terça-feira (5) à noite, pouco antes da Associated Press anunciar que Donald Trump venceu a eleição americana. O dono do X acrescentou: em breve, vocês estarão livres para construir.
Com os votos sendo contabilizados com o ex-presidente prestes a retomar o posto, seus colegas conservadores começaram a se manifestar no X. O bilionário do setor de criptomoedas, Tyler Winklevoss, comemorou “estamos à beira de uma nova Renascença Americana”.
Outros, ainda defenderam com explicações, como Vivek Ramaswamy, que declarou: “os eleitores estão rejeitando a censura, perseguição judicial e a desonestidade”. Entre os comentários também houveram ataques à mídia: “É absurdo que a @cnn se recuse a anunciar estados que claramente foram vencidos por @realDonaldTrump”, escreveu o gestor de fundos hedge Bill Ackman.
Do outro lado, bilionários liberais ficaram silenciosos, diferente do que se via mais cedo no dia.
“Esta eleição não se trata de pequenas discordâncias políticas. Trata-se da verdade versus a ficção, o estado de Direito versus o caos, e a democracia versus o fascismo”, afirmou em vídeo o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman.
Já Mark Cuban, empresário que fez campanha para Kamala Harris, publicou que estava se divertindo no FaceTime com estudantes aguardando em filas longas, acrescentando que votar em Kamala Harris vale a pena. Esses posts foram feitos no meio da tarde e nenhum dos dois postou nada sobre a eleição após as 19h quando as urnas começaram a fechar nos estados-chave, até que Cuban parabenizou a vitória de Trump e apagou algumas postagens pró-Harris.
Ontem com mais publicações de felicitações para Trump, nenhum outro bilionário a favor de Harris se pronunciou na plataforma.
Bilionários X Política
Se envolvendo em política, os bilionários tem aumentado seu envolvimento, fazendo doações ilimitadas, e tornando cada eleição mais cara que a anterior.
Com as redes sociais eles podem ser livres e falar o que pensam, mesmo com tantas pessoas de olho neles. De acordo com a Forbes, que analisou as postagens do X de 200 bilionários americanos, esses grandes nomes geralmente contam com alto numero de seguidores. Ao todo, foram encontradas mais de 2 mil publicações sobre a eleição nessas contas que foram visualizadas 10 bilhões de vezes.
Entre os posts, 472 citaram Kamala Harris e 652 mencionaram Donald Trump.
Usando o modelo de aprendizado de máquina RoBERTa, treinado em mais de 100 milhões de publicações na X, a Forbes também analisou o sentimento dessas postagens. Até a meia-noite de quarta-feira, as menções a Trump mostravam uma inclinação um pouco mais positiva, com 49% dos posts classificados como favoráveis, enquanto Harris teve apenas 35% de menções positivas. É possível, no entanto, que a propriedade de Musk sobre a plataforma X influencie essa inclinação para a direita, dado que ele se tornou um apoiador declarado de Trump, chegando até a passar a noite com o então candidato.
Algumas das críticas mais intensas a Trump vieram do governador democrata de Illinois, JB Pritzker, do investidor Vinod Khosla e de Mark Cuban, conhecido pelo programa Shark Tank. No entanto, na manhã de quarta-feira, Cuban já havia deletado suas publicações pró-Harris. Apenas um post expressando decepção com o resultado das eleições foi registrado: uma mensagem do bilionário Ben Chestnut, cofundador do Mailchimp e residente na Geórgia, um estado-pêndulo que ontem favoreceu os republicanos.
É importante notar que alguns bilionários estão comentando a eleição fora da plataforma X.
Donald Trump geralmente limita suas postagens à Truth Social, a plataforma similar ao Twitter que é uma das maiores fontes de sua receita, embora tenha sido ativo no X no Dia da Eleição. Mark Zuckerberg, por sua vez, publica apenas no Threads, da Meta, principal concorrente da X. Apesar de evitar temas políticos e de criticar a União Europeia por questões regulatórias, Zuckerberg chegou a elogiar Trump como “badass” (impressionante) em uma entrevista em julho.
Pelo menos uma pessoa acreditava que a X já antecipava o que estava por vir, compartilhando uma publicação que afirmava que a plataforma seria mais precisa do que as pesquisas. Às 1h17 da manhã, enquanto Harris enfrentava dificuldades em diversas regiões do país, Musk declarou a seus seguidores: “Vocês são a mídia agora.”
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