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BCE deve realizar primeiro corte de juros desde 2019: o que vem depois?

BCE deve realizar primeiro corte de juros desde 2019: o que vem depois?

O Banco Central Europeu (BCE) deve cortar juros, nesta quinta-feira (6), sendo a primeira vez desde setembro de 2019.

O corte marcará o fim oficial do ciclo recorde de alta rápida de juros, que começou após a pandemia de Covid-19, com a disparada da inflação. “A julgar pelos comentários das autoridades do BCE, não há dúvida sobre o corte em 6 de junho”, afirmou Mark Wall, observador do BCE no Deutsche Bank, à CNBC.

Mas a atenção dos investidores se volta para o que acontece após esse primeiro corte.

Embora outro corte de juros em julho não possa ser descartado, isso não parece muito provável. “Vemos que alguns elementos da inflação estão se mostrando persistentes – especialmente a inflação doméstica e os serviços em particular”, disse Isabel Schnabel, membro do conselho do Banco Central Europeu, em entrevista à emissora pública alemã ARD.

“Eu alertaria para o BCE não se mover muito rápido, porque há um risco e devemos evitar isso definitivamente”, disse.

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A inflação da zona do euro em maio veio ligeiramente acima do esperado, com a inflação cheia em 2,6% e o núcleo, em 2,9%. Além disso, o crescimento dos salários voltou a acelerar no primeiro trimestre para 4,7%, depois de atingir 4,5% no quarto trimestre de 2023.

BCE: diferencial de juros BCE-Fed preocupa

Outro ponto a ser observado é a relação euro-dólar, com o BCE iniciando o corte de juros muito antes do Federal Reserve (Fed), banco central americano, que só deve promover uma queda da taxa a partir de setembro – o mercado estima dois cortes em 2024, um em setembro e um em dezembro.

Antecipar-se ao Fed pode trazer ao BCE fortes implicações para a taxa de câmbio, que alimenta a inflação através dos preços dos bens e serviços importados.

“Dentro de 6 a 12 meses, quando o diferencial de juros do Fed-BCE estiver subindo para níveis historicamente altos, a depreciação cambial pode ter um forte repasse na inflação se, como esperado, a demanda doméstica for mais forte, as margens de lucro forem mais estreitas e as taxas de política forem menos restritivas”, afirma Mark Wall.

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