Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Banco Central Europeu mantém juros após série de cortes

Banco Central Europeu mantém juros após série de cortes

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter suas principais taxas de juros inalteradas nesta quinta-feira (24), após realizar oito cortes desde o ano passado. A taxa de depósito foi mantida em 2%, a de refinanciamento em 2,15% e a de empréstimo em 2,40%, conforme amplamente esperado pelos analistas do mercado.

Banco Central Europeu: juros reduzidos pela metade

A pausa no ciclo de cortes ocorre em um momento de expectativa global, com negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos em estágio avançado. Após reduzir os juros pela metade — de 4% há um ano para os atuais 2% — como resposta ao controle da inflação pós-Covid e aos impactos da guerra na Ucrânia, o BCE avalia que o atual nível das taxas é apropriado para o momento.

Com a inflação agora próxima da meta de 2% e perspectivas de que ela permaneça estável, os dirigentes optaram pela cautela. O BCE destacou em comunicado que, apesar do cenário internacional desafiador, a economia da zona do euro tem demonstrado resiliência.

“Refletindo, em parte, os cortes anteriores, a economia tem mostrado força num ambiente global complexo. Ainda assim, a incerteza permanece elevada, especialmente devido às tensões comerciais”, afirmou a instituição.

Acordo com EUA está próximo

Enquanto os membros do BCE se reuniam, diplomatas europeus informaram que as conversas com o governo de Donald Trump estão próximas de um acordo que poderia resultar na imposição de uma tarifa de 15% sobre produtos europeus importados pelos EUA. Esse percentual fica entre os cenários previstos pelo BCE — menos severo do que a tarifa de 30% inicialmente cogitada, mas ainda acima da projeção básica de 10%.

Publicidade
Publicidade

Segundo estimativas do próprio banco central, tarifas mais altas podem desacelerar o crescimento e, dependendo da resposta da União Europeia, elevar a inflação no médio prazo. No entanto, um desfecho mais brando nas negociações poderia impulsionar a economia a partir do quarto trimestre.

O BCE reiterou que continuará avaliando os próximos passos com base na evolução da inflação e nos riscos associados, adotando uma abordagem de decisão “reunião por reunião”.

Apesar da pausa, o mercado financeiro ainda aposta em uma possível redução adicional das taxas até março de 2026, diante da possibilidade de a inflação recuar abaixo da meta.