A arrecadação federal alcançou R$ 254,221 bilhões em julho de 2025, valor que representa um crescimento real de 4,57% em relação ao mesmo mês de 2024. O montante é o maior já registrado para um mês de julho desde o início da série histórica, consolidando o impacto das medidas recentes de fortalecimento da base tributária.
Esse resultado reforça a tendência de expansão observada nos últimos meses, sustentada por fatores como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a ampliação da cobrança sobre diferentes setores da economia. Para o governo, a elevação da arrecadação é peça-chave no esforço de equilibrar as contas públicas e reduzir o déficit fiscal.
Desempenho acumulado no ano também bate recorde
De janeiro a julho, a arrecadação federal somou R$ 1,680 trilhão, um avanço de 4,41% em relação ao mesmo período de 2024. Esse valor também é recorde para períodos equivalentes da série histórica, mostrando que a alta não foi pontual, mas parte de um movimento consistente.
Os recursos administrados diretamente pela Receita Federal tiveram crescimento expressivo: 5,15% no acumulado do ano, totalizando R$ 1,604 trilhão. Esse desempenho mostra a eficiência do órgão na gestão da arrecadação e sua relevância para a manutenção da receita da União.
Receita da Receita sobe, mas outros órgãos recuam
O detalhamento dos números de julho mostra que os recursos administrados pela Receita Federal subiram 5,75% na comparação anual, atingindo R$ 239,0 bilhões. Esse aumento foi determinante para o recorde mensal.
Em contrapartida, as receitas administradas por outros órgãos apresentaram queda de 11% em julho, somando R$ 15,221 bilhões. No acumulado do ano, até julho, a retração chega a 9,08%, com R$ 75,968 bilhões arrecadados. O contraste entre esses desempenhos evidencia a importância da Receita Federal como motor principal da arrecadação federal.
Relevância para as metas fiscais
O crescimento da arrecadação federal fortalece as perspectivas de cumprimento da meta fiscal de 2025, que busca zerar o déficit das contas públicas. Ainda que exista margem de tolerância prevista no arcabouço fiscal, equivalente a 0,25% do PIB, a trajetória de alta nas receitas aumenta as chances de estabilização das finanças do governo.
Para os próximos anos, especialmente 2026, quando a meta passa a ser de superávit primário de 0,25% do PIB, a continuidade dessa tendência será essencial. O recorde de julho e o acumulado histórico até o momento indicam que a estratégia de ampliar a base tributária tem dado resultados concretos.
Leia também: