A Receita Federal divulgou nesta terça-feira (22) que a arrecadação federal de impostos em setembro alcançou R$ 203,1 bilhões, marcando o maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica em 1995. O resultado representa um crescimento real de 11,61% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado de 2024, a arrecadação totalizou R$ 1,934 trilhão, com uma alta real de 9,68%. Sem a correção da inflação, o aumento registrado em setembro foi ainda mais expressivo, com uma elevação de 16,55%.
A arrecadação proveniente das receitas administradas pela Receita Federal também apresentou resultados positivos, somando R$ 196,6 bilhões em setembro e registrando uma alta real de 11,95%. No total do ano, as receitas administradas atingiram R$ 1,841 trilhão, com um crescimento real de 9,67%.
Por outro lado, a receita própria de outros órgãos federais, que inclui dados como royalties de petróleo, foi de R$ 6,52 bilhões no mês passado, o que representa um aumento real de 2,23%. No acumulado do ano, essa arrecadação chegou a R$ 92,4 bilhões, com uma alta real de 9,92%.
Os dados indicam um cenário de recuperação econômica, com a arrecadação superando expectativas e contribuindo para a saúde financeira do governo federal.
Importância da arrecadação federal
Esses dados são importantes, pois permitem que os investidores compreendam a situação das contas públicas, especialmente em um momento em que a questão fiscal está sendo amplamente debatida no mercado.
Para quem não está por dentro, o arcabouço fiscal estipula que o governo deve eliminar o déficit, ou seja, equilibrar receitas e despesas. Alcançar essa meta seria um indicativo positivo para os investidores, sinalizando que as coisas estão em ordem.
Isso reduziria a percepção de risco e, consequentemente, os prêmios exigidos para investir no Brasil. Em outras palavras, contas públicas equilibradas atraem mais investidores. Com a entrada de mais investidores, especialmente estrangeiros, é provável que a bolsa valorize e o dólar se desvalorize.
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