A empresa Cielo (CIEL3) ainda tem potencial de valorização, segundo o BTG Pactual (BPAC11) elencou em relatório ao mercado.
De acordo com o banco de investimentos, a companhia teve sua reprecificação confirmada e tem novo preço-alvo, agora em R$ 5.
“Organizamos uma reunião com Filipe Oliveira (CFO), Daniel Diniz (chefe de RI) e investidores locais para atualização dos últimos eventos. O timing foi particularmente bom, uma vez que Stone e PagSeguro publicaram recentemente seus números completos do 1TRI22, também fornecendo guidance sobre o que esperar para o 2TRI22”, destacou o BTG.
E disse mais: “quando nos reunimos com a Cielo há cerca de 2 meses, o CFO sinalizou que a concorrência havia ajustado os preços mais do que a Cielo esperava, o que permitiu acelerar seus próprios esforços de reprecificação em abril. Volumes mais fortes do que o esperado, dinâmica de preços mais favorável e recuperação da alavancagem operacional em Cateno nos levam a acreditar que ainda há risco de alta para CIEL3 na mesa, apesar do rali de 66% no acumulado do ano.”
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Cielo (CIEL3) é boa ação para o curto prazo
Ainda de acordo com o BTG, a Cielo (CIEL3) ainda é boa ação para o curto prazo. “Nosso preço-alvo para o fim de 2022 aumentou de R$ 4 para R$ 5/ação, reforçando nossa visão de que a ação ainda é um bom nome para se ter no curto prazo”, ressaltou.
Conforme o banco de investimentos, ajudado pela inflação mais alta, mas principalmente pela aceleração na migração dos consumidores para os meios eletrônicos de pagamento, o Total de Volume de Pagamentos (TPV) tem sido mais forte do que o inicialmente esperado.
“De fato, o TPV da indústria disparou 36% a/a, que foi muito forte no primeiro trimestre. Sim, números comparativos mais altos” do que 1TRI21, quando o Brasil teve uma onda de infecções por Covid, ajudaram, mas agora o setor deve crescer acima dos 20% em 2022, conforme a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs)”, frisou.
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Protegendo a participação de mercado
Para o BTG, a Cielo vem protegendo com sucesso sua participação de mercado nos últimos dois trimestres e pretende continuar fazendo isso. De fato, a participação de mercado atual da Cielo de cerca de 25% no segmento MPMe parece ser um bom alvo, na visão da administração.
No segmento de grandes contas, Oliveira explicou que a Cielo vinha perdendo participação significativa nesse segmento há alguns trimestres, quando realmente passou a exigir melhor rentabilidade dessas relações comerciais. Mas com os pares sendo mais racionais na precificação, a Cielo vem conquistando mais clientes no segmento.

Guidance
Os últimos guidances de Stone e PAGS mostram take rates t/t estáveis para o segundo trimestre. Por outro lado, a Cielo ainda deve apresentar uma melhora sequencial, uma vez que alguns esforços de reprecificação só foram acelerados em abril.
“De acordo com a administração, embora o setor pareça estar agora mais no modo de “esperar para ver”, eles ainda acreditam que há espaço para reprecificação adicional (tanto MDR quanto taxas de pré-pagamento), embora em menor grau”, informou o BTG.
E acrescentou: “obviamente, encontrar o equilíbrio correto é extremamente desafiador, e é muito difícil prever como seus pares se comportarão. Importante sinalizar que a Stone anunciou um aumento em sua equipe de vendas, um sinal de que pode demorar um pouco até vermos um cessar-fogo na guerra de preços estrutural em adquirência, a nosso ver.”
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