A consultoria Eurasia apontou a Rússia, com sua tentativa de estender a guerra contra a Ucrânia mesmo sem possibilidade viável de vitória no curto e médio prazo, e a China, com a centralização excessiva de poder do líder Xi Jinping, como as principais ameaças à estabilidade global em 2023.
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Os alertas fazem parte do relatório Top Risks 2023, publicado anualmente pela empresa. A respeito da Rússia, os analistas acreditam que os insucessos na Ucrânia vão fazer um país “humilhado” se tornar um estado autoritário com muito risco à segurança na Europa.
Por outro lado, as sanções econômicas podem apertar ainda mais o fôlego russo, uma vez que, aos poucos, os países da União Europeia têm conseguido reduzir a dependência do petróleo e do gás exportados pela Rússia.
O texto aponta que os russos não têm “boas opções militares” para vencer a guerra e conseguiu anexar as regiões separatistas ucranianas, e que um Putin em situação de desespero, “sem muito mais o que perder”, pode tentar expandir a guerra para locais próximos que provoquem uma resposta direta da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
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“Maximum Xi”, o novo imperador da China
O relatório da Eurasia fez um jogo de palavras para chamar o líder Xi Jinping de “imperador”, apontando que ele é provavelmente o dirigente chinês mais poderoso desde Mao Zedong, o líder da Revolução Cultural que levou o comunismo ao poder no país.
“Xi é praticamente irrestrito em sua capacidade de perseguir uma agenda política estatista e nacionalista. Mas com poucos freios e contrapesos para constrangê-lo e sem vozes dissidentes para desafiar seus pontos de vista, a capacidade de Xi de cometer grandes erros também é incomparável”, aponta o texto
A principal questão apontada pelos analistas é o risco de a China continuar sofrendo com os efeitos da pandemia de covid-19, depois de suspender de forma abrupta as políticas de covid zero e ver o país ter uma nova onda de internações e mortes, especialmente por causa de pessoas não vacinadas.
Esse vaivém prejudicou a economia chinesa em 2022 e, como maior importador do planeta, ameaça a recuperação dos demais países que tentar encerrar o ciclo inflacionário pós-pandemia que assolou o cenário macroeconômico internacional durante o ano.
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Inflação ou recessão, eis a questão
O texto também destaca o risco de recessão nas principais economias do planeta, como Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, como efeito amargo do remédio de juros altos usado desde o ano passado para conter a inflação, pressionada especialmente pela volatilidade dos preços de energia e, consequentemente, de alimentos.
“Esse cenário aumentará o estresse financeiro e alimentará o descontentamento social e a instabilidade política em todos os lugares”, apontam os analistas da Eurásia, apontando que uma estagnação na economia chinesa pode piorar o cenário.
O texto também aborda questões ligadas à tecnologia, como a possibilidade de uso de novas ferramentas, como o Tik Tok, para desestabilizar os debates políticos mundo afora, e aponta ainda que questões ambientais, como o uso de água, também devem provocar estresse mundo afora.
O Brasil é citado apenas marginalmente no texto, quando o país é apontado como uma das economias emergentes que pode ter dificuldades diante do possível cenário de recessão global.
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