14 Fev 2022 às 21:15 · Última atualização: 24 Jun 2022 · 6 min leitura
14 Fev 2022 às 21:15 · 6 min leitura
Última atualização: 24 Jun 2022
Reprodução/Pixabay
Um grande sucesso no Brasil, o consórcio surgiu através dos automóveis. E cada dia vem ganhando mais popularidade também o consórcio de imóveis, uma vez que é considerando uma maneira mais barata de adquirir a casa dos sonhos.
Quem nunca ouviu a frase “pagar as parcelas é uma maneira que acabo encontrando de economizar porque não gasto o dinheiro”? A verdade é que o brasileiro está muito acostumado a investir seu dinheiro em algumas parcelas, seja de bens móveis ou imóveis com o intuito de poupar ao fim do mês.
De maneira simplificada, os consórcios são criados por administradoras que unem um grupo de pessoas, visando comprar um imóvel. Todos os meses o valor das parcelas pagas por todos os participantes do grupo é utilizado para a aquisição de um imóvel por, no mínimo, um consorciado.
Sempre fiscalizado pelo Banco Central, os consórcios são organizados por empresas administradoras que geram o fundo criado para que, até o fim do período estipulado em contrato, os consorciados tenham acesso à carta de crédito para aquisição do imóvel desejado.
Junto à indústria automobilística brasileira, a promessa de progresso feita no Governo JK de 50 anos em cinco tinha o transporte como um pilar de desenvolvimento. No governo de Juscelino Kubitschek, em 1956, foi criado Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), visando dar início a produção de automóveis nacionais.
A partir desse momento de início e crescimento das fabricantes no Brasil, empresas como a Willys Overland utilizaram o consórcio como uma alternativa para vendas, funcionou tanto que em 1967 a empresa possuía cerca de 58 mil consorciados.
O desenvolvimento do consórcio de veículos fez surgir a necessidade de se criar uma entidade que representasse, perante o poder público, os interesses das inúmeras empresas de consórcios que despontavam por todo país e não somente as especializadas em consórcios de veículos.
Como dito anteriormente, consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas (físicas ou jurídicas) em grupos, com a finalidade de formar capital para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços. A formação desses grupos é feita por uma administradora, sendo ela autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil.
De maneira preestabelecida o consorciado tem o prazo e número de cotas. A periodicidade de assembleias também é prevista em contrato, mas é uma prática bem comum serem realizadas mensalmente.
São duas possibilidades de ser contemplado e receber o crédito. A primeira maneira, e também a mais comum, é a contemplação nas assembleias. Porém, ainda é possível oferecer lances para que o crédito imobiliário seja recebido antes dos sorteios.
O que mais difere a modalidade do consórcio imobiliário para o consórcio de veículos é a utilização dos recursos acumulados no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), existem quatro formas fazer isso:
Claro que existem algumas premissas para que a utilização do FGTS ocorra:
O tão aguardado momento da contemplação acontece por sorteios, lances ou o fim do prazo de consórcio. O consorciado contemplado recebe os recursos através de uma carta de crédito, com ela é possível adquirir imóvel desejado.
Se o número sorteado em determinado mês for relacionado a um participante com mensalidades em atraso, a contemplação dele não ocorre. Nesse caso, a carta de crédito vai para o número mais próximo. Além disso, caso muitos participantes fiquem inadimplentes, a tendência é que ocorra um reajuste das parcelas para que as contemplações continuem acontecendo.
Vale lembrar que, ainda que você seja contemplado e receba a sua carta de crédito, precisará continuar o pagamento das mensalidades até que o prazo encerre. Portanto, se você for sorteado no 15º mês, por exemplo, fica ciente de que o contrato deve ser honrado até o fim.
Uma grande vantagem em que compradores optam pelo consórcio na hora de comprar um imóvel é pela não incidência de juros. Porém, vale lembrar que a administradora cobra uma taxa para que você entre no grupo bem como a taxa de administração, destinada para o gerenciamento do grupo do consórcio e todas as questões pertinentes a exemplo da cobrança de mensalidades.
O fundo se reserva é outra cobrança que pode incidir sobre o valor do consórcio. Ela é criada para manter o consórcio viável mesmo com alguns membros inadimplentes.
A principal informação comparável entre os planos oferecidos pelas administradoras de consórcio é a taxa de administração, podendo chegar a cerca de 25% do valor contratado. Portanto, não se esqueça de verificar o valor, pois elas acabam elevando o valor da parcela do seu consórcio.
Agora que você chegou até aqui você pode ter visto os pontos favoráveis do produto. Listamos aqui as principais vantagens
Assim como possui muitos benefícios, o consórcio possui algumas peculiaridades que precisam ser consideradas. Listamos aqui as desvantagens do produto.