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BTG Pactual (BPAC11) vê momento favorável para o setor de logística

BTG Pactual (BPAC11) vê momento favorável para o setor de logística

O Banco BTG Pactual (BPAC11) analisou o setor de logística na CEO Conferece Brasil 22. O evento aconteceu na cidade de São Paulo, nos dias 22 e 23 de fevereiro, e foi uma iniciativa da instituição financeira. O BTG observou a atuação do Grupo GPS (GGPS3) e da Sequoia Logística (SEQL3) e reiterou a recomendação de compra de ações das duas companhias.

BTG (BPAC11): sem grandes impactos na inflação para GPS (GGPS3)

O Grupo GPS (GGPS3) encontrou dificuldades relacionadas à inflação, devido aos altos custos – em especial na mão de obra. O staff representa grande parte da estrutura da companhia, e desta forma, o aumento em gastos trabalhistas simboliza um revés relacionado aos clientes que solicitam negociações relativas ao aumento dos honorários. Desta forma, a GGPS3 procurou balancear o contrato em níveis rentáveis que são pré-determinados, o que pode ser símbolo de um maior poder de barganha com os clientes.

Outro obstáculo foi a nova variante Omicron, porém a GPS informou que o impacto foi menor no comparativo com à Delta, isto é, em um período maior de lockdown. A alta taxa de contágio contribuiu para elevar os custos trabalhistas, devido as horas extras e ao afastamento de profissionais infectados. De acordo com o BPAC11, este efeito não deve afetar a margem em 2022.

“a maior escala do GPS torna os impactos relacionados ao Omicron mais amenos do que para a concorrência, especialmente após a introdução de novas ferramentas tecnológicas, como seu aplicativo, que facilita a gestão da
força de trabalho.” destacou trecho do relatório.

Em relação as aquisições, o GGPS3 mantém o seu foco e divulgou as suas negociações projetadas para este ano, o que totalizou o faturamento bruto de R$ 353 milhões.

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O BTG mantém a recomendação de compra, devido ao valuation (11x Ebitda em 2022 e 20,3x Preço/Lucro). De acordo com o BPAC11, o Grupo GPS associa baixos requisitos de capital com o crescimento, e desta forma, a empresa mantém sua estabilidade. Existe a expectativa de bons lucros nos próximos anos (34% CAGR de LPA de 2021 a 2025).

Sequoia (SEQL3): crescimento na casa de dois dígitos

O e-commerce brasileiro está aquecido com o ingresso de um novo player asiático, intitulado Shein. De acordo com a Sequoia (SEQL3), este aplicativo pode obter números semelhantes ao Shopee, que é o maior cliente da empresa. Desta forma, a companhia acredita em um crescimento da receita líquida, entre 20-23% ao ano, impulsionado por B2B (+30-33% a/a) e B2C (+20-21% a/a).

Em contrapartida, o ticket médio da SEQL3 poderá ter o menor registro este ano, em consequência do aumento da inflação e aos produtos de maior valor agregado, que sofrem com interrupções na cadeia de suprimentos, relacionados a indústria de contêiner. O cenário nebuloso não interfere na estratégia de crescimento da Sequoia, que ainda busca aquisições e sinergias com outras companhias que possuem índices de faturamentos maiores.

Em relação a expansão do trabalho, a SEQL3 projeta um aumento em sua alavancagem de até 2,0x, e dentro deste prisma, espera uma margem Ebitda (sem IFRS) com o aumento de 70 a 100 bps a/a. O bom momento representa o percentual aproximado de 14% até 2025-2026. Estes números foram impulsionados devido as alavancagens operacionais e sinergias.

Por fim, o BTG mantém a recomendação de compra devido ao bom valuation da Sequoia, que é negociado a  11,5x EV/Ebitda em 2022.