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BTG (BPAC11) recomenda compra para Eneva (ENEV3) após 4TRI21

BTG (BPAC11) recomenda compra para Eneva (ENEV3) após 4TRI21

O BTG Pactual (BPAC11) analisou o resultado da Eneva (ENEV3), e de acordo com o banco de investimentos, a companhia obteve um bom quarto trimestre. Desta maneira, o BTG manteve a recomendação de compra de ações no preço-alvo de R$ 15.

A empresa registrou R$ 860 milhões em seu Ebitda e este bom momento está relacionado ao impairment na usina de carvão de Itaqui, que cresceu R$ 150 milhões com um bom desempenho operacional e com uma série de melhorias no custo de energia.  O banco também destacou:

  • Outras receitas e despesas em suas unidades (+ R$ 17 milhões)
  • Marcação no mercado de contratos de energia, com acréscimo de R$ 31 milhões no braço de trading.

O Ebitda ajustado da Eneva foi de R$ 663 milhões, com crescimento de 18% ao ano e 4% acima das estimas do BTG Pactual.  O bom resultado da companhia está associado ao despacho térmico e ao descompasso entre os preços internacionais do carvão e do gás natural.  Em relação ao lucro líquido, a Eneva anotou R$ 359 milhões, valor acima dos R$ 239 milhões previstos pelo banco.

BTG (BPAC11): alto despacho térmico

A empresa registrou alta taxa no envio de energia, mesmo com as fortes chuvas que foram computadas a partir de outubro, vale ressaltar, que este cenário contribuiu para a melhora hidrológica no trimestre. Desta forma, a Eneva contabilizou números decrescentes ao ano: 72% no TPP médio do carvão e 77% no TPP do gás. No comparativo com o mesmo período de 2020, a companhia registrou 88% e 99% respectivamente.

O balanço entre os preços internacionais de gás e carvão e custos reais da Eneva também contribuiu para a expansão dos resultados.  A empresa que atua no setor de energia contabilizou crescimento de 108% ao ano na receita variável (CVU) da UTE Parnaíba I e o motivo foi o aumento no valor do gás natural da Henry Hub.

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A alta do preço no segmento do carvão colaborou para receitas variáveis, com a expansão de 200% a/a nas usinas de Pecém II e Itaqui. Vale destacar a recuperação da Eneva, que superou as adversidades com a sua reserva de estoque adquirida a preços inferiores em um período anterior. Em compensação, as termelétricas a gás obtiveram um bom resultado para a companhia.

“A vantagem competitiva da Eneva está em seu braço upstream, que produz gás natural a um custo inferior ao preço de referência internacional”, informou trecho do relatório.

Crescimento adicional com a Focus

Em relação ao crescimento,  a Eneva encontrou obstáculos para iniciar as suas operações na UTE Jaguatirica em fevereiro. Vale lembrar, que a unidade foi afetada com um atraso de seis meses devido à pandemia de coronavírus.

Outro projeto integrado em expansão é Azulão, que tem crescimento orgânico de 1 gigawatt (GW) em seu complexo, destes, 295 megawatts (MW) possuem PPAs adquiridos no leilão de reserva de energia, que aconteceu no mês de dezembro. Por último, Parnaíba V já atingiu 91% de sua conclusão física.

Sobre o crescimento inorgânico, a Eneva adquiriu a Focus Energia no dia 11 de março com o intuito de agregar a diversificação e expandir a sua atuação em renováveis. De acordo com o BTG, a empresa tem TIR real de 10,7%, o que representa boas oportunidades de crescimento em linha com estratégias disciplinadas para alocação de capital.