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BTG (BPAC11) vê movimento favorável para empresas de bens de capital

BTG (BPAC11) vê movimento favorável para empresas de bens de capital

O Banco BTG Pactual (BPAC11) analisou o setor de bens de capital na CEO Conference Brasil 22. O evento que aconteceu nos dias 22 e 23 de fevereiro, na cidade de São Paulo, foi idealizado pelo BPAC11. Em sua maioria, o BTG observou um movimento favorável para as empresas de bens de capital.

O documento viu momento favorável para Embraer (EMBR3) e para Weg (WEGE3. No entanto, observou dificuldades à frente para Aeris (AERI3).

No entanto, o banco manteve recomendação de compra para Embraer e Aeris e neutro com relação à Weg.

BTG: momento favorável para Embraer (EMBR3)

O início da pandemia do coronavirus foi um grande obstáculo para a Embraer (EMBR3), que conseguiu a sua recuperação em 2021 com a queda no índice de novos contágios e após romper negociações com a Boeing. Para o BTG, o setor de aviação obteve crescimento gradual com o retorno de clientes e de voos regulares, em especial, em rotas regionais que é a principal área de atuação da EMBR3.

A Embraer ainda atingiu altos níveis em sua carteira de pedidos, e de acordo com relatório do BPAC11, a companhia somou o montante de US$ 17 bilhões com encomendas de novos aviões para a aviação comercial no 4T21. Em contrapartida, este blacklog casou efeito negativo na Força Aérea Brasileira (FAB), que optou pela redução de 28 para 22 novas aeronaves modelo KC-390.

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A empresa ainda destacou o bom momento das aeronaves E190 e E195 no mercado, que representa 53% do blacklog total da Embraer e adiou o lançamento do modelo 175-E2 devido ao impasse relacionado ao peso máximo de decolagem no mercado aéreo dos Estados Unidos.

O BTG mantém a recomendação de compra para a EMBR3 em virtude dos bons resultados e também da proximidade de monetização da iniciativa eVTOL.

Weg (WEGE3): crescimento no faturamento

A expansão das principais linhas de negócio da WEG (WEGE3) foram abrangentes, mesmo com as projeções de um crescimento menor ao ano em 2022.  Segundo o relatório, a carteira de produtos é sólida e contará com um ciclo de longo prazo no mercado local, em especial, devido a força da indústria nos setores de papel e celulose, água e esgoto e agronegócio.  Vale destacar, também, o setor de energia:

“Além disso, o mercado doméstico de energia mantém a tendência positiva, impulsionado pelo crescimento das fontes renováveis de energia (eólica e solar) e do segmento de transmissão e distribuição. Quanto
ao mercado externo, os produtos de ciclo longo também seguem com demanda sólidas, principalmente no segmento de transmissão no mercado norte-americano.” ressaltou o relatório.

Para 2023, a WEGE3 pretende manter as boas taxas com dois dígitos no faturamento. A empresa prevê o fortalecimento de produtos no mercado doméstico de motores elétricos; a expansão a nível internacional; e por último a adoção de novas tecnologias na indústria.

O BPAC11 mantém recomendação neutra para a WEG, devido ao valuation estar mais caro e acima no comparativo com os seus pares.

Aeris (AERI3): obstáculos

Por fim, O BTG viu obstáculos para a Aeris (AERI3), que estão relacionados ao aumento dos custos de insumos e ao transporte marítimo, que é adotado em suas operações. Apesar do ambiente inflacionário pouco favorável, a companhia encontrou alternativas para manter a solidez em seu trabalho: a base de relacionamento entre empresa e cliente, o reajuste de preços e um fluxo maior de contratos podem representar bons resultados a longo prazo.

O BTG destacou a competência da empresa em seu trabalho operacional, e desta forma, a AERI3 conseguiu reduzir os seus custos no presente e projetou uma maior participação no mercado a partir de 2023.

“A Aeris acredita que a demanda por projetos de geração eólica offshore aumentará a partir de 2024/25, pois os países já devem ter definido os termos que irão nortear a expansão desta fonte de energia. Apesar de estudar constantemente as oportunidades de expansão nesse mercado, principalmente nos EUA, a Aeris sinalizou que só deve se investir quando possuir contrato comercial associado à ampliação dos investimentos realizados.” informou trecho do relatório.

Por fim, a produção no Brasil pode ser um entrave para a empresa que perdeu destaque devido ao mercado livre, que atualmente, obtém um número maior de novos investidores.  Para a administração da AERI3, o aumento da cadeia  de produção poderá suprir a demanda reprimida. O BTG mantém a classificação de compra na companhia, cujo projetos permanecerão intactos a longo prazo.