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Big Techs perdem US$ 1, 37 trilhão em valor de mercado

Big Techs perdem US$ 1, 37 trilhão em valor de mercado

As Big Techs, grupo de empresas de tecnologia dos Estados Unidos que inclui Amazon, Meta, Microsoft, Alphabet e Apple, além da Netflix, tiveram seu valor de mercado reduzido em cerca de US$ 1,37 trilhão no mês de abril. 

De acordo com levantamento do jornal Valor Econômico, as empresas foram afetadas em meio ao movimento de alta dos juros nos Estados Unidos. Este foi um dos piores meses para essas companhias, desde o início da pandemia. O valor equivale a cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. 

Mas este cenário não é restrito apenas ao mercado americano. De modo geral, o setor de tecnologia perdeu valor em todo o mundo, desde a virada de 2021 para 2022. Por causa da redução no fluxo de caixa, a dificuldade em levantar recursos num cenário de juros em alto resultou na queda do valor das ações.

Analistas apontam ainda para a guerra entre Rússia e Ucrânia como um motivo extra para a desvalorização, já que setores ligados ao ecossistema da tecnologia, como produtoras de softwares, hardwares e semicondutores, também foram afetadas.

Big Techs divulgam efeitos da desvalorização

Todas as empresas que sofreram com a desvalorização nas suas ações divulgaram os efeitos dessas questões macroeconômicas e suas perspectivas para o futuro. 

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A Microsoft divulgou resultados considerados saudáveis, com lucro líquido de US$ 16,73 bilhões. Isso representa uma alta de 8% na comparação anual, enquanto as receitas avançaram 18% no período, para US$ 49,4 bilhões.

Mas isso se deve também à transição da companhia para um modelo de negócio baseado em nuvem, com a receita da unidade Azure subindo 26%, a US$ 19,1 bilhões. 

Já a Meta, que controla as redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp, teve uma recuperação no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2021, quando suas ações tinham caído 26,3%, perdendo US$ 225 bilhões em valor de mercado. Em abril, as receitas subiram 7%, a US$ 27,9 bilhões, mas o lucro líquido despencou 21%, chegando a US$ 7,46 bilhões. 

A Alphabet, que controla o Google, teve uma queda de 8,3% no lucro líquido, o que corresponde a US$ 16,4 bilhões. Já as receitas cresceram 23%, alcançando US$ 68 bilhões. 

Os investidores estão em alerta, devido à diminuição de publicidade em mídias digitais e o aumento da disputa do Youtube, da Aphabet, com outras plataformas.

A Apple divulgou que a receita no período de janeiro a março aumentou 9%, para US$ 97,3 bilhões. O lucro líquido foi de US$ 25 bilhões, alta de 5% na comparação anual.

Piores resultados

De todas as  “Big Techs”, a Amazon apresentou os piores resultados. A empresa teve um prejuízo de US$ 3,84 bilhões, maior perda trimestral desde 2015. Entretanto, suas receitas cresceram cerca de 7% entre janeiro e março, no valor de US$ 116,4 bilhões.

Já a Netflix ambém teve um grande susto no mercado no primeiro trimestre deste ano. Com a perda de 200 mil usuários, a plataforma de streaming entrou no alerta dos investidores. A expectativa, aliás, é que, nos próximos trimestres, a empresa ainda perca mais assinantes.

Para especialistas, o cenário é também uma amostra da desaceleração da economia norte-americana, cenário que deve se ampliar nos próximos meses com a alta de juros. Nesta quarta-feira, o Fomc, comitê de política monetária do Fed, aumentou a taxa básica do país em meio ponto percentual.

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