A PwC, auditoria externa que aferiu os balanços da Americanas (AMER3), varejista envolvida em suposta fraude contábil, se eximiu de culpa pelos acontecimentos.
Isso porque negou responsabilidade acerca das “inconsistências contábeis” na rede de lojas na ação civil pública proposta pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador (Abradecont).
Acontece que a associação pede a responsabilização da auditoria e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por omissão e negligência.
Também pede o bloqueio dos bens da auditoria responsável pelos balanços da varejista e acesso às investigações da CVM sobre o caso.
Em sua defesa, a PwC alega que as acusações da Abradecont são superficiais, sem prova nem relação com as inconsistências contábeis na Americanas.
Além disso, elenca, os pedidos da entidade não têm urgência, mas são capazes de gerar “colossais prejuízos à PwC”.
Disse, ainda, que a inclusão da CVM no processo teria sido indevida, e o valor da causa teria sido fixado em R$ 100 milhões, “certamente com olhos na sucumbência [verbas pagas por quem perde à parte vencedora num processo]”.
Rombo na Americanas (AMER3)
Ontem o EuQueroInvestir informou que o trio da 3G, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estariam chegando no Brasil para se inteirar ainda mais acerca do caso e tentar propor soluções. Eles são os acionistas de referência da Americanas, ou seja, os principais.
A informação se confirmou ao longo do dia, quando se soube que um deles, o Sicupira, assumiria as negociações com os principais credores: os bancos.
Ele já estpa em conversa com algumas das instituições financeiras de forma separada, e os bancos consideram as negociações positivas.
Vale lembrar que os credores querem uma injeção de capital de pelo menos R$ 15 bilhões, enquanto os investidores bilionários não ofereceram mais de R$ 6 bilhões.
Ibovespa
A ação AMER3 encerrou o dia 6 de fevereiro de 2023 cotada em R$ 1,73.
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