Depois de um momento de reposicionamento, com a venda de algumas marcas e ajustes de eficiência na gestão, a Ultrapar (UGPA3) projeta a expansão de seus negócios, inclusive com a possibilidade de novos IPOs (abertura de capital) das empresas controladas se houver necessidade de captação de recursos adicionais.
Hoje, o grupo controla três marcas: os postos Ipiranga, a distribuidora de gás Ultragás e a Ultracargo, especializada em logística de produtos líquidos como gás e combustíveis. O presidente do grupo, Marco Lutz, disse ao jornal Valor Econômico que o grupo hoje se sente mais preparado para um “movimento mais agressivo se aparecer uma oportunidade”.
Única empresa de capital aberto do grupo, a holding registrou lucro líquido de R$ 238,7 milhões no segundo trimestre de 2023, e tinha um caixa robusto, de R$ 6,2 bilhões, sem considerar mais R$ 1,1 bilhão a receber como parte do pagamento pela venda da rede de drogarias Extrafarma e da Oxiteno, de especialidades químicas.
Assim, por ora, Lutz não vê necessidade de parceiros, embora ele acredite que abrir o capital de uma das controladas precisa fazer “sentido econômico”, e admita que “seria interessante” para a empresa ter outros sócios em momentos específicos.
Para ele, abrir o capital significa dar um passo maior, mas o momento não é de condições interessantes no mercado, embora as empresas da Ultrapar (UGPA3) estejam atentas para movimentos, especialmente nos setores de energia e também no agronegócio, especialmente em temas ligados à transição energética.