O plano de recuperação judicial da SouthRock Capital, que é responsável pela operação da rede Starbucks no Brasil, foi rejeitado na assembleia geral de credores (AGC). A decisão ocorreu devido ao voto contrário do fundo de investimento Riza Meyenii, único credor da classe com garantia real.
Pela legislação brasileira, um plano de recuperação judicial precisa ser aprovado por todas as quatro classes de credores para seguir adiante. Com a rejeição, a SouthRock tentará agora homologar a proposta de pagamento por meio do mecanismo conhecido como “cram down”, previsto no artigo 58 da Lei de Recuperações Judiciais e Falências. Esse dispositivo permite a aprovação judicial do plano mesmo sem consenso total, desde que sejam cumpridos três requisitos legais.
No ano passado, a Zamp (ZAMP3) havia finalizado a aquisição das operações das lojas Starbucks no Brasil por R$ 101,8 milhões. Essa transação envolve a compra de 100% dos ativos da marca no país, que anteriormente pertenciam ao Grupo SouthRock, que já vinha em recuperação judicial.
Como ficará a Starbucks após a transferência
Como parte do acordo, os ativos da Starbucks foram transferidos para a empresa Café Pacífico, criada especificamente para essa transação. Posteriormente, a Zamp II, subsidiária da Zamp, adquiriu a totalidade das ações da Café Pacífico, passando a controlar as operações da Starbucks no Brasil.
Inicialmente, o valor da operação foi estipulado em R$ 120 milhões, mas foi ajustado para R$ 101,8 milhões devido à quantidade de lojas transferidas, ao nível de estoques e à dívida líquida da operação. O montante final ainda poderá sofrer novos ajustes, dependendo da verificação dos estoques e das dívidas no fechamento do negócio.
Pela legislação nacional, a rejeição do plano não afeta a rede, já que a justiça autorizou a realização do negócio.
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