A Oi (OIBR3) “peitou” os bancos que tentam anular medida cautelar obtida pela tele, para se proteger de credores, e disse ontem que sua tutela antecipada é “legítima”.
A companhia está prestes a pedir uma nova recuperação judicial, após ter saído de RJ no final de dezembro e isso despertou a fúria de algumas instituições financeiras que são suas credoras.
Desta forma, a tele esclareceu ontem, por meio de nota ao mercado, que alguns pontos no seu processo de reestruturação têm sido tratados de “maneira equivocada” e “injusta”.
Também reiterou que o pedido de tutela antecipada à Justiça, feito no final de janeiro, faz parte das ações legítimas da Oi em busca de sustentabilidade de longo prazo, após cumprir todas as obrigações até aqui decorrentes do plano de recuperação judicial.
E acrescentou que esse processo tem sido realizado de maneira integralmente privada e a dívida inicial da empresa, que em valores atualizados seria de creca de R$ 90 bilhões, foi reduzida hoje a aproximadamente R$ 33 bilhões, incluindo a quitação de 100% dos passivos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de quase R$ 5 bilhões.

Oi (OIBR3): bancos
Conforme noticiado ontem pelo EuQueroInvestir, algumas instituições financeiras brasileiras estão indignadas com as últimas movimentações da Oi.
Isso levou o Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Caixa Econômica – sendo este último um banco público – a entrarem na Justiça para contestar a medida. Ontem, no meio do dia, o Itaú (ITB4) também entrou contra a tele na Justiça.
Na prática, as instituições financeiras querem executar dívidas que a tele junto a elas e, por isso, tentam revogar a liminar.
Também porque ao que tudo indica a operadora de redes e telefonia irá- de fato, pedir uma segunda recuperação judicial nas próximas semanas.
Caso isso aconteça, a companhia terá mais uma blindagem contra credores visando, assim, manter as operações funcionando enquanto negocia seus débitos.
Enquanto isso, os bancos alegam que a Oi não pode encaminhar uma nova recuperação judicial, uma vez que, no entendimento deles, a última RJ ainda está vigente.
Vale destacar que mesmo que a Justiça tenha encerrado a recuperação judicial em dezembro do ano passado, o processo não transitou em julgado. Esse é o ponto alavancado pelos bancos.
Ibovespa
A ação OIBR3 encerrou o dia 15 de fevereiro de 2023 cotada em R$ 2,28, enquanto a ação OIBR4 encerrou cotada em R$ 4,30.
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