O mercado de tecnologia confirmou algo que já estava no horizonte das big techs: mudança no comando do Alibaba (NYSE: BABA).
A compnhia integra um grupo de empresas de propriedade privada, com sede em Hangzhou, China, cujos negócios são baseados em e-commerce, pela Internet, e incluem sites de business-to-business, vendas no varejo e pagamentos online, um motor de busca para compras e serviços de computação na nuvem.
Nesta terça-feira (20), mais cedo, a diretoria da empresa anunciou que Eddie Yongming Wu, presidente do conselho do Taobao e Tmall Group, sucederá a Daniel Zhang como CEO E chairman.
A remodelação executiva da empresa já é considerada a maior desde a sua reestruturação.
Levantamento da CNBC informa que os confidentes próximos do fundador do Alibaba, Jack Ma, assumiram os principais cargos na firma.
Também traz que Joe Tsai assumirá o cargo de presidente em 10 de setembro, e os dois executivos do mais alto escalão são veteranos do Alibaba e amigos próximos de Ma.
Alibaba (BABA): os novos gestores
Vale lembrar que Eddie Wu é um dos cofundadores da Alibaba, que atuou como diretor de tecnologia em 1999. Sua experiência está nos principais negócios de comércio eletrônico, monetização e tecnologia da empresa, tornando-o um candidato completo para supervisionar o grupo inteiro.
Quando o grupo empresarial dividiu suas operações, Wu foi nomeado presidente do Taobao e do Tmall Group – anteriormente, as duas unidades eram os dois maiores serviços de comércio eletrônico da China.
Ele também foi diretor de tecnologia de empresas importantes, incluindo Taobao e Alipay, o serviço de pagamentos móveis administrado pelo Ant Group, afiliado do Alibaba.
Wu estava no comando da plataforma de monetização do Alibaba no Taobao e no Tmall, além de direcionar esforços para impulsionar o aplicativo móvel Taobao que impulsionou a empresa para a era do smartphone.
Já Tsai atuou como diretor-financeiro (CFO) até 2013 e atualmente ocupava a função de vice-presidente executivo. Ele também é o presidente da unidade de logística Cainiao do Alibaba, bem como membro da divisão Taobao e Tmall.
Tsai também é proprietário do time de basquete Brooklyn Nets nos Estados Unidos e costuma ser visto como um executivo mais internacional.
Acontecimentos recentes
Os últimos anos não foram fáceis para a gigante do comércio eletrônico, com o governo chinês pressionando a empresa, principalmente por conta de suas novas tecnologias em desenvolvimento.
Acontece que a empresa tinha a intenção de abrir o capital da Ant Group a partir de Nova York (Nasdaq), e isto não foi bem-visto pelo presidente Xi Jinping e o partidão. A pressão foi tanta que Ma teve que, literalmente, “sumir do mapa” por algumas semanas.
Alguns observadores mais inflamados chegaram a cogitar a possibilidade de ele ter sido preso pelo governo e até algo pior, mas isso foi amplamente refutado pelas autoridades chinesas.
Para controlar ainda mais o segmento, o governo reforçou a regulamentação do setor de tecnologia nacional em áreas que vão desde a concorrência até a proteção de dados. Os reguladores atingiram o Alibaba com uma multa antitruste de 18,23 bilhões de yuans (US$ 2,5 bilhões) em abril de 2021.
Do lado econômico, a empresa também vem sofrendo com a desaceleração do crescimento chinês, bem como vê crescer a concorrência em seu entorno, com rivais como a JD.com e Pinduoduo.
Sua principal divisão de nuvem, à qual o CEO cessante, Zhang, dedicará todo o seu tempo, viu a receita cair no trimestre de março.
A meta
Conforme disse a própria companhia, Tsai e Wu procurarão revigorar o crescimento da empresa em meio ao que continua sendo um cenário macroeconômico difícil.
Bolsa
Por volta das 16H30 a ação BABA recuava 4,52%, a US$87,95.
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