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Alta do Magazine Luiza (MGLU3) devolve Luiza Trajano à lista de bilionárias

Alta do Magazine Luiza (MGLU3) devolve Luiza Trajano à lista de bilionárias

A empresária Luiza Trajano, principal acionista e presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), voltou a figurar na lista de bilionários da revista Forbes, com um patrimônio estimado em US$ 1,1 bilhão. A movimentação que fez de Luiza Trajano bilionária novamente, contudo, envolveu menos a sua empresa e mais a crise da concorrente Americanas (AMER3).

Desde o dia 12 de janeiro, quando estourou a bomba de que o balanço da Americanas apresentava “inconsistências fiscais” de cerca de R$ 20 bilhões, ponto de partida de um escândalo que levou a empresa a pedir recuperação judicial com uma dívida hoje avaliada acima de R$ 40 bilhões, as ações de grupos varejistas concorrentes começaram a subir.

No caso da Magazine Luiza, as ações tiveram uma valorização próxima dos 70% no período de um mês, sendo negociadas nesta quinta-feira (2) a R$ 4,30. O preço, contudo, segue fortemente descontado e longe dos valores de antes da crise do segundo semestre de 2021, quando os papéis perderam cerca de 70% do valor e fecharam aquele ano com o pior desempenho do Ibovespa.

Cotações do Magazine Luiza (MGLU3) nos últimos cinco anos
Cotações do Magazine Luiza (MGLU3) nos últimos cinco anos

Mesmo assim, a valorização foi suficiente para que o patrimônio de Luiza Trajano voltasse a crescer a ponto de chegar ao bilhão de dólares novamente. Segundo a empresa, os “controladores”, sem especificar nomes, detêm cerca de 58% das ações da companhia, cujo valor de mercado é estimado em cerca de R$ 29,6 bilhões.

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Quem é a bilionária Luiza Trajano

Luiza Trajano começou a trabalhar na loja que leva seu nome aos 12 anos, durante o período de férias escolares. A Luiza que batizava o estabelecimento não era ela, no entanto, e sim sua tia, criadora da loja ao lado do marido, em Franca, no interior paulista.

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Aos 18 anos, começou a trabalhar em tempo integral na loja, como vendedora. Enquanto conciliava o emprego com a faculdade de Direito, acumulou promoções – encarregada, gerente, superintendente – e acompanhou a expansão da rede pelo interior paulista até assumir o comando do grupo em 1991, aos 40 anos.

Assim que assumiu a gestão, Luiza Trajano decidiu informatizar as lojas para agilizar os processos de estocagem e distribuição. Em 1999, criou uma loja virtual que é considerada uma das pioneiras do e-commerce no Brasil, então com apenas 5 mil itens em catálogo.

Neste século, a companhia se tornou conhecida nacionalmente, por meio de uma agressiva estratégia que incluiu aquisições de várias redes de alcance regional em todo o país, e se transformou numa potência do varejo brasileiro, concorrendo de igual para igual com grupos bilionários como a Americanas e a Via, fruto da fusão entre as Casas Bahia e o Ponto Frio e que gerencia ainda o e-commerce da marca Extra, do Grupo Pão de Açúcar.

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Luiza Trajano: bilionária, palestrante e marqueteira

Em 2015, Luiza Trajano deixou o comando da empresa para seu filho, Frederico Trajano, mas segue à frente do Conselho de Administração. O tempo mais livre passou a ser dedicado a palestras, que apresentava-se como alguém que trazia o marketing “no sangue da família”.

Nessas palestras, costuma distribuir ao público um panfleto com a frase que virou seu lema: “Primeiro faça o necessário, depois faça o possível e, de repente, você vai perceber que pode fazer o impossível”.

De fato, até o batismo da empresa é visto como uma ação de marketing. A Luiza original ela vendedora conhecida em Franca e criou um concurso em uma rádio da cidade para que os clientes escolhessem o novo nome da empresa – e a associação com seu nome foi reconhecida por todos.

Já Luiza Trajano teve ideias como a liquidação de início de ano, que oferece gordos descontos nos produtos, de até 70 – mas o cliente fica responsável por levar o produto embora. Ficaram famosas em telejornais as cenas de clientes aglomerados às portas da loja desde a madrugada anterior e, depois, levando geladeiras e fogões nas costas.

Durante a pandemia de covid-19, a empresária fez de uma decisão de negócios, não demitir nenhum funcionário mesmo com o fechamento das lojas num primeiro momento, também uma estratégia de marketing. A ideia fortaleceu a imagem de empresa socialmente responsável e boa para trabalhar, já reconhecida em premiações anteriores. Além disso, a empresa reforçou durante o período sua estratégia de market place, abrindo sua plataforma para pequenos varejistas.

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Os altos e baixos do Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza realizou seu IPO em 2011 e por anos viu suas cotações permanecerem estáveis em preços próximos dos R$ 5. As ações só dispararam em 2020, justamente logo após o início da pandemia de covid-19, quando a empresa ampliou o alcance digital e viu seu market place se destacar entre os concorrentes.

Mas o cenário de sonhos começou a se desmanchar depois de um ano. Com a reabertura da sociedade e o início de um processo de pressão inflacionária, que forçou o Copom a adotar uma estratégia de aperto monetário e alta de juros, e a empresa viu suas vendas caírem e suas ações derreterem na B3. 

Uma nova emissão de ações foi realizada, com a captação de R$ 4 bilhões para investimentos, e a empresa passou o ano passado em processo de reorganização perante o mercado. No dia 9 de março, o Magazine Luiza divulga seu balanço com os resultados do quarto trimestre de 2022.

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