A Engie (EGIE3) registrou lucro líquido de R$ 567 milhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), o que representa uma queda de 34,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impactado principalmente pela menor geração de energia elétrica e pela alta no endividamento da companhia.
No semestre, o lucro líquido acumulado atingiu R$ 1,394 bilhão, queda de 45,4% em relação ao primeiro semestre de 2024. O Ebitda acumulado nos seis primeiros meses caiu 23,6%, para R$ 3,915 bilhões.
A Receita Operacional Líquida (ROL) somou R$ 3,086 bilhões no trimestre, alta de 10,1% na comparação anual. Apesar disso, o Ebitda reportado caiu 4,6%, para R$ 1,871 bilhão, enquanto o Ebitda ajustado ficou em R$ 1,866 bilhão, retração de 4,4%. Já o Ebit (resultado do serviço) recuou 9,1%, totalizando R$ 1,541 bilhão no período.

Engie (EGIE3): desempenho afetado por queda na produção de energia
Segundo a EGIE3, o desempenho foi afetado por uma redução de 30,1% na produção bruta de energia elétrica no trimestre, totalizando 4.088 MW médios. A queda foi atribuída a condições hidrológicas menos favoráveis e à redução da disponibilidade de alguns ativos. Por outro lado, a energia vendida aumentou 4,8%, alcançando 4.254 MW médios, mas com preço médio de venda 1,6% menor (R$ 217,01 por MWh).
A margem Ebitda ajustada sobre a receita líquida caiu 9,2 pontos percentuais, passando de 69,7% para 60,5%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) ajustado foi de 23,1%, cinco pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2024.
A dívida líquida da companhia aumentou 24,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 21,561 bilhões ao fim de junho. Esse aumento reflete o avanço dos projetos em construção e a estratégia de expansão da empresa no setor de geração renovável.
Apesar da pressão sobre os indicadores financeiros, a Engie aumentou em 4,8% o número de empregados em relação ao ano passado, atingindo 1.265 colaboradores, com crescimento tanto na estrutura operacional quanto nos projetos em desenvolvimento.