A JHSF (JHSF3) – empresa fundada em 1972 e que atua na administração e incorporação de shoppings, hotéis e similares – anunciou que sua controlada JHSF Capital adquiriu uma fatia do Shopping Cidade Jardim por R$ 560 milhões.
A adquirente é o braço de gestão de recursos do grupo e o movimento diz respeito a 33% do referido ativo, localizado na Zona Sul de São Paulo. A transação se deu com a empresa israelense de shoppings Gazit. Outra fatia de 17% pertence ao fundo de investimento imobiliário XP Malls.
Por conta da compra, a ação JHSF3 subia 2,64% por volta das 14h10, cotada em R$ 4,67. O papel reporta queda de 10,36% no período de seis meses, e queda de 29,99% no período de um ano.
Alguns analistas consideram o preço um valor interessante de entrada para o ativo, a exemplo do BTG Pactual (BPAC11), que tem recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 9.

JHSF (JHSF3): expansão
O movimento em si faz parte da estratégia do grupo que tem dois vieses no horizonte: expansão e internacionalização.
A iniciativa é vista como progressista por boa parte do mercado, visto que por atuar no segmento de shoppings, teve suas operações afetadas por conta da pandemia de covid-19 em março de 2020.
Entretanto, o grupo segurou o tranco, ajustou o roteiro para os meses à frente, de forma a diminuir o impacto, e agora volta e fortalece suas margens por meio do crescimento inorgânico, ou seja, via aquisição.
Vale lembrar que em setembro de 2022 a companhia destacou que pretendia levar a marca Fasano para fora do país. Na ocasião, o grupo mapeava ativos para adquirir em Londres, Paris, Milão, Lisboa e Los Angeles.
Em abril de 2023 anunciou um acordo de aquisição e gestão para um imóvel situado no sofisticado bairro de Mayfair”, em Londres. Ali, pretende inaugurar o Fasano London.
O empreendimento terá 20 apartamentos, dois restaurantes de alta gastronomia e um club exclusivo para somente membros.
Em 2021 o grupo inaugurou um hotel e um premiado restaurante Fasano, em Nova York.
1TRI23
No primeiro trimestre de 2023 a JHSF reportou lucro líquido consolidado de R$ 86,9 milhões, queda de 47,8% ante igual período de 2022.
De acordo com o balanço, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 212 milhões nos primeiros três meses do ano, um recuo de 10,5% ante o apurado um ano antes.
Já o Ebitda consolidado ajustado, por sua vez, somou R$ 140,4 milhões entre janeiro e março, montante 45,7% menor que o registrado um ano antes.
Enquanto isso, a receita líquida consolidada caiu 22,2% na mesma base de comparação e totalizou R$ 354,8 milhões no primeiro trimestre.
Por fim, o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 63,1 milhões nos primeiros três meses do ano, ante resultado negativo de R$ 42,1 milhões registrado um ano antes.
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