A Isa Cteep (TRPL4) registrou um lucro líquido de R$ 409,2 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1TRI24), um aumento de 33,7% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida da empresa também apresentou um crescimento robusto, alcançando R$ 1,10 bilhão, um aumento de 23,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1TRI23).
A receita bruta consolidada atingiu R$ 1,28 bilhão no 1TRI24, um incremento de R$ 249,0 milhões, alta de 24,1%, em relação ao 1Tri23.
Segundo a Isa Cteep, o aumento na receita é explicado principalmente pelo reajuste do ciclo tarifário ocorrido em julho de 2023, para o ciclo 2023/2024, que trouxe como principais variações a recomposição da receita de RBSE após o reperfilamento do componente financeiro (Ke) e a atualização da RAP pelo IPCA do período (3,94%).
Além disso, a energização de dois projetos greenfield – Itaúnas e Triângulo Mineiro – e o início das operações de 68 projetos de Reforços e Melhorias nos últimos 12 meses também contribuíram para o aumento da receita.
A Isa Cteep destaca que a receita de parte desses projetos de Reforços e Melhorias energizados será habilitada na Revisão Tarifária Periódica (RTP) prevista para acontecer em 2028.
O Ebitda da Isa Cteep foi de R$ 896,9 milhões, uma elevação de 21,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A variação é explicada, principalmente, pela entrada em operação de projetos greenfield e de reforços e melhorias nos últimos 12 meses, pelo reajuste inflacionário (IPCA) do ciclo tarifário 2023/2024, pela recomposição do recebimento do RBSE a partir do 3T23, e por maiores despesas de pessoal devido ao maior quadro de colaboradores para fazer frente ao crescimento.
Para a EQI Research, o resultado veio em linha com as expectativas, e as construções dos projetos seguem em andamento, com destaque para o crescimento de 19,9% no investimento em reforços e melhorias comparado ao 1T23.
“Esses investimentos em reforços e melhorias são o ponto de maior atratividade na tese da empresa, em nossa opinião, com um crescimento contratado com rentabilidade maior do que a observada nos leilões (Relação RAP/investimento variando de 12%-17%). Contudo, o risco de um potencial revisão dos fluxos da RBSE deve estar no radar dos investidores”, aponta a casa de análise.
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