A Embraer (EMBR3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,176 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24), marcando uma expressiva alta de 603% em relação aos R$ 167,1 milhões registrados no mesmo período de 2023.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de R$ 991,6 milhões, contra R$ 304,5 milhões no 3TRI23.
A receita líquida da companhia alcançou R$ 9,358 bilhões no trimestre, um aumento de 48,6% em comparação aos R$ 6,296 bilhões do ano anterior.
O crescimento foi puxado pelas unidades de Defesa & Segurança e Aviação Executiva, que registraram aumento de mais de 85% nas receitas em relação ao 3TRI23. No acumulado do ano, a receita totalizou R$ 21,7 bilhões, marcando uma alta de 32% na comparação anual.
O EBITDA ajustado foi de R$ 1,976 bilhão, um crescimento de 168% em relação aos R$ 736,7 milhões do mesmo trimestre do ano passado. O EBIT ajustado atingiu R$ 1,6 bilhão, com margem de 17,6%, frente aos R$ 420,3 milhões e margem de 6,7% reportados no 3TRI23.
A margem foi beneficiada por um item extraordinário de R$ 831,4 milhões relacionado ao acordo de arbitragem com a Boeing, que elevou a margem EBIT ajustada em 900 pontos-base.
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Embraer: crescimento expressivo na entrega de aeronaves e expansão da carteira de pedidos
Sobre os principais destaques do balanço, a Embraer destacou a entrega de 59 jatos no 3TRI24, incluindo 41 jatos executivos, 16 jatos comerciais e 2 cargueiros multimissão C-390 Millennium. Este número representa um crescimento de 37% em relação às 43 unidades entregues no mesmo período do ano passado.
A carteira de pedidos firmes atingiu US$ 22,7 bilhões, o maior nível em nove anos, refletindo um aumento de mais de 25% em relação ao 3TRI23.
A empresa revisou suas estimativas para 2024, ajustando a projeção da margem EBIT ajustada para um intervalo entre 9% e 10%, acima da previsão anterior de 6,5% a 7,5%. A previsão de fluxo de caixa livre ajustado foi elevada para pelo menos US$ 300 milhões, acima dos US$ 220 milhões estimados anteriormente.
No front do crédito, a Fitch Ratings elevou a nota da Embraer de “BB+” para “BBB-” com perspectiva estável, classificando a empresa como Investment Grade (IG). A S&P também mantém a Embraer como IG, enquanto a Moody’s recentemente revisou a perspectiva da companhia para positiva, embora ainda mantenha a classificação em “Ba1”.
“Revisamos nossas estimativas para 2024 para refletir um cenário mais equilibrado de oportunidades e riscos. Mantemos uma visão otimista para a Aviação Executiva e Comercial, com entregas em linha com nossos planos estratégicos, e seguimos focados na execução dos nossos pedidos, especialmente com o crescimento significativo em Defesa & Segurança”, destacou a Embraer.