A Embraer (EMBR3) está intensificando seus esforços para tentar se tornar um parceiro estratégico do governo dos Estados Unidos na área de defesa, visando a introdução de seu cargueiro C-390 no mercado norte-americano. O modelo, que entrou em operação em 2019, atualmente possui apenas seis unidades em atividade.
Para alcançar esse objetivo, a empresa brasileira está expandindo sua estrutura em solo norte-americanos e trabalha com a possibilidade de realizar fusões e aquisições (M&A) por lá para tentar consolidar seu planejamento, conforme explicou João Bosco da Costa Jr., head de defesa da Embraer, durante um evento com jornalistas na fábrica de defesa da empresa.
Em entrevista ao Brazil Journal, Costa Jr. destacou que uma aquisição nos EUA é considerada crucial, pois o governo americano tende a fechar contratos de defesa apenas com empresas nacionais. Com isso, a Embraer está analisando diversas companhias do setor de aviação, desde fabricantes de peças até empresas especializadas em sistemas, como parte dessa estratégia.
Embraer (EMBR3) fez parceria na Flórida
Em maio, a companha havia anunciado um acordo com a Avfuel para expandir o uso do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As empresas ampliarão o abastecimento do Neste MY Sustainable Aviation Fuel, fornecido pela Avfuel, para uma carga por semana no Aeroporto Internacional de Melbourne Orlando, no estado norte-americano da Flórida.
As empresas têm um acordo de abastecimento de SAF desde julho de 2021, com foco nas operações de voo da Embraer Aviação Executiva em Melbourne, na Flórida. A parceria original com a Avfuel entregou trimestralmente cerca de 30 mil litros de Neste MY Sustainable Aviation Fuel para a Sheltair MLB, FBO (operador de base fixa) que fornece serviços de armazenamento e abastecimento para a Embraer.
Com o acordo de abastecimento semanal vigente desde abril deste ano, nova parceria deverá resultar em mais de 900 mil litros de SAF entregues à Embraer em 2024, um aumento significativo em comparação aos anos anteriores. Cada entrega proporcionará uma diminuição de 19 toneladas métricas em emissões de carbono, resultando em uma redução de 570 toneladas métricas nas emissões anuais.
O que é M&A?
M&A é a sigla para Mergers & Acquisitions, que significa “Fusões e Aquisições” (F&A) em português. A fusão ocorre quando duas empresas se unem para formar uma nova organização. Já a aquisição ocorre quando uma empresa compra outro empreendimento.
“Fusão e aquisição é uma estratégia de crescimento a partir da qual um investidor, seja empresa ou fundo de investimentos compra parte ou a totalidade de outra empresa com o objetivo de expandir suas operações. Seja por meio de uma expansão geográfica, por exemplo, no caso de uma aquisição horizontal. Ou seja por meio de uma expansão na sua própria cadeia de valor, com a aquisição de um fornecedor ou cliente, por exemplo”, explica Arthur Recio, sócio da EQI Investment Banking.
Recio explica que, do lado do comprador, o M&A faz sentido porque muitas vezes é mais fácil comprar um negócio que já está rodando e já possui clientes e uma marca consolidada do que criar uma empresa do zero.
“Ainda mais se for um negócio novo, que o comprador ainda não faz. Acontece, por exemplo, na entrada em um novo mercado ou novo segmento”, exemplifica.
Já para o vendedor, o M&A é a possibilidade de realizar e obter, enfim, o retorno do investimento de tempo e recursos dedicado para construir o negócio ao longo da vida, além de diversificar seu patrimônio.
“A maioria dos empresários geralmente tem seu patrimônio muito concentrado nas suas empresas, então ele fica muito exposto ao risco do próprio negócio”, afirma ele.
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