A empresa gaúcha de saneamento vai a leilão nesta terça-feira (20) e coloca a Sabesp (SBSP3) no radar do investidor.
A primeira diz respeito à Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), enquanto a segunda se refere à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
Isso porque embora o poder público local tenha interesse na privatização de parte de suas companhias, como forma de desinchar a máquina pública e dar mais profissionalismo a gestão das empresas, há sempre alguma forma resistência no perímetro.
É o caso, por exemplo, da própria Corsan, visto que o governo do Rio Grande do Sul precisou derrubar uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região que impedia a realização do leilão.
No caso, a liminar pretendia evitar que se repetisse na Corsan situação parecida com a que ocorreu após a privatização da CEEE, distribuidora de energia vendida em 2021 à Equatorial, na qual houve “despedidas em massa” e “supressão de benefícios”.
Vencido o imbróglio jurídico – em tese – o governo gaúcho diz acreditar que a desestatização da companhia agora sairá, de vez, e já há interessados.
Quem está de olho é a Aegea, que entregou proposta pelo ativo. Outras empresas estudaram a desestatização da empresa, mas não confirmaram a participação.

Sabesp (SBSP3): privatização
Já em relação à Sabesp (SBSP3), o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse recentemente que a companhia deverá estar privatizada em até dois anos. Ele assume em janeiro. A companhia pode valer R$ 60 milhões.
Além disso, a empresa pretende investir mais de R$ 26 bilhões nos próximos cinco anos, conforme plano de investimentos divulgado ao mercado.
Os aportes serão de cerca de R$ 5 bilhões por ano, considerando inversões em abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.
Contratação de crédito externo
Poucas semanas atrás o presidente da República, Jair Bolsonaro, encaminhou ao Senado Federal um pedido de autorização para que a União dê garantia à contratação de crédito externo de US$ 300 milhões pela Sabesp. O pedido foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 14.
Os recursos serão destinados para financiar o Programa de Apoio ao Plano de Investimentos SABESP – PAPIS.
Vale lembrar que a companhia obteve lucro líquido de R$ 1,081 bilhão no terceiro trimestre de 2022 (3TRI22), alta de 130,7% frente os R$ 468,6 milhões do terceiro trimestre de 2021.
De janeiro a setembro de 2022 o lucro subiu 42,6% ao alcançar R$ 2,4 bilhões, frente o R$ 1,7 bilhão dos nove meses de 2021.
Já a receita operacional líquida subiu 16,2% no período ao alcançar R$ 5,9 bilhões, frente os R$ 5,1 bilhões do terceiro trimestre de 2021.
O Ebitda ajustado, por sua vez, subiu 19,4% no período ao marcar R$ 2,1 bilhões, frente o R$ 1,7 bilhão do terceiro trimestre de 2021.
O ativo
A Sabesp (SBSP3) é um dos ativos que mais desperta o interesse do investidor e todas as informações públicas acerca da companhia atraem a atenção dos traders. Ba parte do mercado acompanha a empresa e aguarda a confirmação de sua desestatização.
Ibovespa
A ação SBSP3 encerrou o dia 19 de dezembro de 2022 cotada em R$ 54,75.
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